O ABISMO
Dentro de minha alma eu vejo,
As forças negras em plena aparição,
Minha fé e todo o meu desejo
Sendo sugados por esta danação!
Estou pronto a enlouquecer,
Vendo os vultos que me chamam,
Faz o corpo todo endurecer
Aos olhos negros que se inflamam
Pelas noites ouvindo os ritos,
Invocando os espíritos condenados
São estes os encostos malditos
Que meus sonhos têm perturbados!
No silêncio o esplendor interno
É ver essas faces pálidas se abrirem,
Dentro das chamas do inferno
Ansiosos para com a morte sorrirem
Querem que eu morra lentamente
Sendo consumido por esta assombração
Aplicando-me o horror calmamente
Onde todo o fim será apenas a maldição
Vai suspirando a pacífica calma,
Em meu peito com letárgico tremor,
Neste abismo em minha alma,
Serei engolido sem sentir essa dor!