O ANJO DA MORTE

[relato de um campo de concentração nazista]

Na câmara de gás inicia-se todo horror

Quatro mil prontos para morrer,

O veneno se dispersando como o vapor

Asfixiando-os sem nada temer!

Observo-os orando a um único Deus,

Suas últimas preces ancestrais

Eliminação em massa destes Judeus,

E ocultar os seus restos mortais

Corpos apodrecem nestas covas rasas

Desnutridos em peles e ossos

Vagam pelo campo ainda em brasas,

Cena macabra de mortos vivos

Conflitos de questões raciais,

Cabeças perfuradas em lobotomias,

Fugindo como pequenos animais

Vítimas das segregadas supremacias

Essas águas geladas represam boiando

Cadáveres com cor esverdeada

O tempo de existência judia esgotando

Irão afogar-se na última golfada

Os sobreviventes serão nossas cobaias

Na histeria de todo povo ariano

Os porcos estarão em suas sujas baias

Vítimas da maldade caucasiana

Portanto não haverá choros e lamentos

Sob o regime do holocausto

Os gêmeos farão parte de experimentos

Para o anjo da morte exausto!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 04/05/2020
Código do texto: T6937199
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