o Último - capítulo VII
VII
Dias atuais...
- Luísa, está tudo bem? Luísa?
- Oi! Desculpa, eu não quero ir...
- É a única alternativa – Disse Anthony – Aqui não dá pra ficar.
Todos concordaram em seguir pela estrada, São Marinho está a poucos minutos de onde estavam...
- O que vocês acham que era aquilo que vimos na estrada? – Perguntou Joice
- Eu quero pensar que é a loucura da pinga e das drogas – respondeu Roger
- Pessoal, vamos focar em sair daqui, ok? – Anthony parecia ser o mais racional no momento
Luísa se sentia mais desconfortável a cada passo que dava rumo a cidade, em alguns momentos parecia que o ar parava de fluir e uma neblina começa a pairar sobre o local. Luísa apesar de suas visões serem bem reais, decidiu ficar quieta e não contar a ninguém o que acontecia...
- Vocês acreditam que possam escolher como vão morrer? – Perguntou Luísa
- Que história é essa garota? – Perguntou Joyce
- Sabe, não é para por medo, mas imagine eu, estou com 20 anos, essa lenda da cidade me persegue desde criança e de repente acontece isso, bem aqui e bem agora, e é quando na verdade eu não quero nem aqui e nem agora.
- Luísa, você está colocando as lendas como realidade, o que aconteceu tem explicação, fica tranquila – disse Anthony.
- Eu sei, mas... – Duas crianças brincavam de futebol na estrada
- Opa, tem dois garotos ali – Disse Roger – Garotos! Podem nos ajudar? – Um dos garotos olhou e disse: - Não! – E rindo correram pra dentro da mata
- Que merda! Qual o problema dessa juventude?
- Vamos segui-los
- Por que vocês não me escutam? – Disse Luísa – Eles querem que vamos pra lá, vocês são cegos? Vamos voltar e pedir ajuda
- Como, Luísa? – Anthony estava bravo – Me diz como pedir ajuda? Se seu celular der um pingo de sinal a gente volta onde apareceu aquele monstro e esperamos, fora isso me diz? – Luísa baixou a cabeça – Foi o que pensei, agora eles querendo ou não que estejamos aqui, nós vamos entrar nessa cidade, pedir ajuda e cair fora, entendeu?
- Sim
- Vai devagar ai Anthony
- Vai devagar o caralho, Roger, eu estou cansado disso, era só um banho de cachoeira, merda!
- Pessoal! – Joice apontava para o horizonte – Vamos embora, ele está vindo – Os garotos olharam e um homem de túnica preta se aproximava
- Vamos, vamos! – os garotos correram para onde os meninos foram – Vem! Vem! – Corriam muito, tropeços e gritos.
- Aqui! Rápido – Disse Roger, os garotos se esconderam atrás de uma rocha e apesar da respiração ofegante tentavam manter o silencio.
- Será que ele está vindo atrás de nós? – perguntou Joice
- Xiu! – fez alguém
- Não mandem eu calar a boca – sussurrou Joice
- Quem falou alguma coisa o louca? – Perguntou Anthony arregalando seus olhos assim que olhou para Joice
- O que foi?
- Nada! – disse a voz atrás da garota.
Joice estava virando a cabeça para olhar para trás e uma mão fria e pálida tocou em seu ombro: - Oi! – Era a criatura de túnica preta.
Todos se levantaram para correr, mais respiração ofegante e gritos, galhos batendo no rosto, gritos de desespero e correram até um campo aberto alto, parecia o alto de um pico, segundo Luísa era o alto de um pico.
- Onde estamos? – Perguntou Roger
- Pessoal, olhem ali para baixo – disse Anthony, lá embaixo estava a cidade de São Marinho, quer dizer o que restara dela.
- Deus do céu – Luísa não acreditava no que via – Então é aqui?
- Que essas pobres almas tenham tido paz – Roger fez o sinal da cruz – Vejam, a uma estrada de terra que leva até a cidade ali.
- Não temos escolha – Disse Anthony
- Alguém aqui já jogou Fatal Frame? – Perguntou Roger
- E o que isso importa agora? – Joice estava muito alterada
- Sei lá, é que no segundo jogo, duas gêmeas vão parar em uma cidade fantasma e tals, lembrou muito, só isso
- Roger...
- Já calei.
“Esse é o último” escutou Luísa antes de cair ao chão e ter mais um flashback