ADEUS MINHA IRMÃ

[continuação do conto O Chá]

Segunda feira o sol alto arde

A velha quer que eu novamente vá

Quinze horas, chegara a tarde

Nessa hora já era servido nosso chá

O cadáver de mamãe jazia,

Em decúbito na cabeceira do divã,

A voz “deles” eu já ouvia,

Em cântico uníssono para o Satã!

Eram invisíveis vindos do pó

Do inferno vieram nunca duvidaria

Os amigos imaginários da avó

Então escutei passos pela escadaria

Vovó se levantou da cadeira,

Abrira a porta com um odioso afã

Parada se encontrava minha irmã,

Observava toda essa doideira

- Por que as taças de champanhe?

Então o sopro sinistro entrou pela janela

- O que vocês fizeram com a mãe

E disse: É preciso que você se livre dela

A idosa disse: Veja bem amada,

- Antes que de tudo isso você se lembre

Lançarei seu corpo pela escada

- Nos livraremos de você para sempre!

Ouvi o grito por um momento

Da minha irmã com a velha brigando,

A idosa com o estrangulamento

Fez o corpo cair pelos degraus rolando

(continua...)

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 02/05/2020
Reeditado em 02/05/2020
Código do texto: T6935218
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