ADEUS MINHA IRMÃ
[continuação do conto O Chá]
Segunda feira o sol alto arde
A velha quer que eu novamente vá
Quinze horas, chegara a tarde
Nessa hora já era servido nosso chá
O cadáver de mamãe jazia,
Em decúbito na cabeceira do divã,
A voz “deles” eu já ouvia,
Em cântico uníssono para o Satã!
Eram invisíveis vindos do pó
Do inferno vieram nunca duvidaria
Os amigos imaginários da avó
Então escutei passos pela escadaria
Vovó se levantou da cadeira,
Abrira a porta com um odioso afã
Parada se encontrava minha irmã,
Observava toda essa doideira
- Por que as taças de champanhe?
Então o sopro sinistro entrou pela janela
- O que vocês fizeram com a mãe
E disse: É preciso que você se livre dela
A idosa disse: Veja bem amada,
- Antes que de tudo isso você se lembre
Lançarei seu corpo pela escada
- Nos livraremos de você para sempre!
Ouvi o grito por um momento
Da minha irmã com a velha brigando,
A idosa com o estrangulamento
Fez o corpo cair pelos degraus rolando
(continua...)