A MORTE PEDE CARONA
Dirigindo por esta erma estrada
Sem veículos vindos em minha direção
Pressinto algo ruim nesta jornada
Nessa boleia solitária do meu caminhão
Uma força sinistra parece me guiar
Dentro da escuridão que o farol alumia,
Adiante vejo uma figura se revelar
Incorpóreo e me causa estranha agonia!
Placas sinalizam para a direita
Com o volante tento entrar nesta saída
Esse vulto parece ser o capeta
Querendo acossar-se desta minha vida
Essa estrada parece não ter fim
Não há nenhuma maneira para retornar
Será que morrerei afinal assim?
Talvez meu corpo não virão encontrar!
É difícil aceitar esse meu destino,
Desaparecer em uma área sem comunicação
Tendo a morte igual d’um cretino
Junto às ferragens do meu próprio caminhão!
Esta força aumenta a velocidade,
Agora tudo parece estar mais descontrolado
O vento no rosto não é a liberdade
Mas sim o pavor de quem já foi sentenciado
Pelas malignas forças do além,
Já me vejo colidindo de frente a um muro,
Queria dar meu adeus, porém
Não avisei ninguém deste fúnebre futuro!