A MORTE PEDE CARONA

Dirigindo por esta erma estrada

Sem veículos vindos em minha direção

Pressinto algo ruim nesta jornada

Nessa boleia solitária do meu caminhão

Uma força sinistra parece me guiar

Dentro da escuridão que o farol alumia,

Adiante vejo uma figura se revelar

Incorpóreo e me causa estranha agonia!

Placas sinalizam para a direita

Com o volante tento entrar nesta saída

Esse vulto parece ser o capeta

Querendo acossar-se desta minha vida

Essa estrada parece não ter fim

Não há nenhuma maneira para retornar

Será que morrerei afinal assim?

Talvez meu corpo não virão encontrar!

É difícil aceitar esse meu destino,

Desaparecer em uma área sem comunicação

Tendo a morte igual d’um cretino

Junto às ferragens do meu próprio caminhão!

Esta força aumenta a velocidade,

Agora tudo parece estar mais descontrolado

O vento no rosto não é a liberdade

Mas sim o pavor de quem já foi sentenciado

Pelas malignas forças do além,

Já me vejo colidindo de frente a um muro,

Queria dar meu adeus, porém

Não avisei ninguém deste fúnebre futuro!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 30/04/2020
Código do texto: T6933175
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