O SURTO (COVID-19)
Há algo maligno, certa virose
Eliminando muitas vidas aos milhares
Nos pulmões a mortal fibrose
Deste vírus contaminando muitos lares
Cogitam serem obras comunistas,
Desdenham das pesquisas e orientações
Crêem serem as pragas satanistas
Tolos ajoelhados fazem as suas orações
A morte espreita pela história
Contaminados não apresentam sintomas
Sua crítica falência respiratória
Aos números desta mortandade se somas
A debilidade enfim consomes,
Seu sistema imunológico tão debilitado
No enterro não haverá nomes,
Apenas outro caixão na cova enterrado
O surto da ignorância alheia
Ceifará tua filha e o avô pela velhice
Outro cristão que esperneia
Morrendo por sua apostata crendice!
Não obedeça a reclusão social,
Convoque pela cidade outras carreatas
O destino imputará o fim fatal
Pela dispnéia de asfixia que lhe matas!
Não era este aquilo que querias?
Quando quisera apenas ter seu conforto?
Idolatrando o candidato messias?
E agora no caixão fostes um peso morto?