O SURTO (COVID-19)

Há algo maligno, certa virose

Eliminando muitas vidas aos milhares

Nos pulmões a mortal fibrose

Deste vírus contaminando muitos lares

Cogitam serem obras comunistas,

Desdenham das pesquisas e orientações

Crêem serem as pragas satanistas

Tolos ajoelhados fazem as suas orações

A morte espreita pela história

Contaminados não apresentam sintomas

Sua crítica falência respiratória

Aos números desta mortandade se somas

A debilidade enfim consomes,

Seu sistema imunológico tão debilitado

No enterro não haverá nomes,

Apenas outro caixão na cova enterrado

O surto da ignorância alheia

Ceifará tua filha e o avô pela velhice

Outro cristão que esperneia

Morrendo por sua apostata crendice!

Não obedeça a reclusão social,

Convoque pela cidade outras carreatas

O destino imputará o fim fatal

Pela dispnéia de asfixia que lhe matas!

Não era este aquilo que querias?

Quando quisera apenas ter seu conforto?

Idolatrando o candidato messias?

E agora no caixão fostes um peso morto?

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 19/04/2020
Reeditado em 19/04/2020
Código do texto: T6921971
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