ÁMON
Sou a besta que enfim emerges,
Destes séculos escondido na solidão
Da tríade de diabólicos hereges
Trago comigo a horrível condenação
Transformo a terra em deserto,
Quando a lua neste negrume se veste,
Do sono profundo eu desperto,
Libertando a fome, miséria e a peste!
Ressurgi das cinzas da noite,
Invocado por esses espíritos ancestrais
Meus escravos terão o açoite,
Nas costas para que se tornarem leais!
Desde o princípio a corrupção
Levantou-se pelo Egito como o pó,
Agora espalho toda a danação,
Aos adoradores da divindade de Jó!
Curvem-se ao mestre blasfemo,
Beijem os pés com cadáveres ornados,
Entre esses corpos sou supremo
Sendo pelos meus serviçais adorados!
Os vermes ouvem meu chamado,
E devoram teu espírito e o seu coração,
Na terra perpetuarei este reinado
Proclamem este Deus decadente Ámon!