REENCARNAÇÃO MALDITA
Minhas mãos frias e pegajosas,
Erguem a tampa do apodrecido caixão,
Exalando as porções pavorosas,
Deste corpo em macabra reencarnação!
Nas sombras com esses trapos,
Esgueiro-me nestes carvalhos retorcidos,
Vestido em corroídos farrapos,
Dos cadáveres pelos túmulos esquecidos!
A lua irradiando toda amargura,
Ilumina meu rosto no negrume empoeirado,
De quem se ergueu da sepultura
Com o tom desbotado parecer amarelado!
Experimentei a solidão insípida
Dos anos sepultados dentro de um buraco
E posso sair rápido da negra cripta
E da negra morte agora estar então a salvo
Essa boca ainda sente o sabor,
Destas noites tenebrosas no perfume sepulcral
Das flores desbotadas sem cor
Ouvindo o tilintar de um sino maldito e infernal
Tudo parece ser assim passageiro,
Que esta desgraça nunca mais então repita,
Porque na morte serei hospedeiro
Tornando-me a outra reencarnação maldita