O ANJO DA MORTE
Sangue apodrecido entra na corrente,
Causará meu estado de choque,
A causa fatal desta morte decorrente
Antes que esse olhar desfoque
Lábios ulcerados cheiram a morte,
Feridas pelo corpo inteiro,
Não há nada mais que me importe
Senão morrer no chiqueiro
A cada vômito a horrível golfada
De sangue é expelido,
E logo restará a podridão mofada
Deste cadáver falecido
Agora se iniciou essa hemorragia,
Minha morte será inevitável,
O coração já palpita com letargia,
Morro no estado deplorável
Avisto no quarto uma grande cruz,
Tais coisas são estranhas
Lembrar-me da doutrina de Jesus
Com vermes nas entranhas
Décadas atrás eu fora excomungado
Da igreja por louvar a heresia,
E Satã meus passos tem controlado
Emana todo poder e maestria
Vejo ao meu leito um certo arcanjo,
Fitando-me em olhar materno,
Tem dois chifres não parece um anjo
E sim um emissário do inferno