ENTERRADO NO CONCRETO
Mordaças firmes e bem apoiadas,
Estou pronto para a demência lhe oferecer
As suas esperanças são depositadas
No desespero contínuo para enfim morrer!
Estamos isolados em algum lugar
Minha mente maligna aos poucos se abre,
Em breve toda essa dor ita passar
Quando você se tornar apenas um cadáver
Seus gritos abafados pela acústica
Não farão com que alguém agora te ajude
Nesta mansão isolada e tão rústica
O chão será para a eternidade seu ataúde!
Antes da sua morte te darei o alento
Que teus restos mortais nunca serão achados
Sob a areia, pedra e um duro cimento
Sua foto sempre na lista dos não encontrados
Aguarde com paciência a punição
Ouço o pulsar frenético da pressão arterial
Esbaforido observo essa respiração
Que para a saúde ainda te irá fazer tão mal!
Ninguém estará neste momento perto,
Quando a esperança de resistir enfim acabar
Porque na asfixia deste denso concreto
Você lentamente virá aos poucos se sufocar!