Sombras de Bêbados

Eu estava do outro lado da rua, em pé, com as costas espremidas contra um muro cheio de musgo.Do outro lado havia um bar, com uma luz amarela repugnante, podia ver as sombras que se propagavam pela rua, os bêbados dançavam, as vezes pareciam lutar entre si.

Depois de um certo tempo, comecei a reparar que aquelas sombras não eram de seres humanos, nem sombras eram, eram demônios.Demônios que habitam a noite da minha cidade.Percebi que um daqueles demônios havia me notado ,e quando dei conta disso, minha camisa estava empapada de suor, o demônio me olhou nos olhos e se aproximou.

Esticando o braço vermelho, enorme, puxou-me pelo pescoço,e sem oferecer-lhe resistência, deixe que me levasse até o bar.

O lugar era minúsculo, o teto muito branco, as paredes azulejadas.Me trouxeram um copo, tinha comida grudada na borda.Um outro demônio que me olhava seriamente desde a hora em que entrei, puxou uma cadeira e começou a falar.Eu não entendi muita coisa.Acordei no dia seguinte com a roupa cheia de sangue.

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Esteban Donato Ardanuy
Enviado por Esteban Donato Ardanuy em 03/04/2020
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