CHAPEUZINHO VERMELHO (A FÁBULA MACABRA)

Em uma casa muito asseada,

Penteava-se diante do grande espelho,

A menina sempre prendada

Seu apelido: Chapeuzinho Vermelho

Mas havia algo estranho nela

A força que se escondia na intimidade

Um dia fora visitar a avó dela

Despertando em si essa sua iniquidade

Caminhava na floresta densa

Levando na cesta bolo e guardanapo,

Sentira uma estranha presença

Parecia ser algum enviado do diabo

Pelo caminho vira a borboleta

A estrada da floresta é sempre perigosa

Vira adiante uma aparição tão vaporosa

Tão negra e densa, era o capeta!

A carne santa daquela menina,

Serviria como repositório da castidade

Cumpria-se assim minha sina

E volto do inferno para essa realidade

Seus pensamentos se fundiram

Como o vento que sopra todo esse pó

As forças negras lhe possuíram

Mas ela precisava encontrar sua avó!

No casebre seu corpo em transe

Retorcia-se em escatológicas convulsões

O cheiro fétido de fresco sangue

Fizera com que tivesse as horríveis visões

Percebera a presença d’um animal

Semelhante a um lobo da floresta selvagem

Em frenesi libertou o lado bestial

Escalpelando-o com os dentes toda pelagem

De dentro dele sua avó suspirava,

Gemendo em um cenário de imenso pavor,

Chapeuzinho com a mão esganava

A avó desacordada era vítima deste horror

Naquele momento certo caçador,

Aparecera com a espingarda em sua mão,

Vira todo esse cenário de terror,

Beijou o crucifico – ajoelhado na oração

- Veja bem seu miserável mortal

Fique encurvado em meus pés de joelho,

Tua vida chegara ao ponto final

Sou o demônio que habitava um espelho!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 02/04/2020
Código do texto: T6904230
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