O HOMEM SEM ROSTO
Eis o relato do inferno,
A história de alguém que sobreviveu
Alto e trajando o terno,
Após ser eletrocutado sequer morreu
No corpo havia mutilações
Longos meses no hospital confinado,
Mesmo com as operações
O monstro havia então ressuscitado!
Um rosto apenas com buracos
A pele parecia podre era esverdeada,
Na face havia apenas os nacos,
Da pouca carne ainda não queimada
A pele era tão esverdeada
O rosto completamente desfigurado
Parecia uma alma penada
Seu corpo frágil e todo deformado!
Em seus passeios noturnos
Vagueava em sua própria solidão
Dormia em períodos diurnos
Tentando escapar de toda multidão
Nos anos oitenta finalmente
O consolo no espírito lhe compraz
Deixara de lado essa gente
E dormira para sempre com a paz