O MORCEGO

Observei por um espelho convexo,

Diante de um feixe com luz

Essa figura não tinha nem reflexo

E arrepiou-se ao ver a cruz!

Quem seria este ser que se intenta

A vagar dentro da escuridão,

Evita aproximar-se d’ água benta

E sua moradia é um caixão?

Notei seus passos de maneira alínea,

Aquele fedor era tão sepulcral

De meu cão a sua corrente sanguínea

Desapareceu no pobre animal

Toda madrugada quando me achego

Perto do parapeito desta janela

Avisto a árvore apenas esse morcego

Alumiado com o toco de vela

Era um mistério para mim esquisito

De tristeza soltei um suspiro

Será que as lendas por trás do mito,

Fizeram-me crer no vampiro?

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 29/03/2020
Código do texto: T6900464
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