O MASSACRE DA SERRA
Ao longe escuto esse gerador
Ligado com um barulho desprezível,
Parece o ronco de um motor
Engasgando e sem ter o combustível
Estou sozinho por esta floresta
E procuro apenas esses secos gravetos
Pingos úmidos caem sob a testa
São viscosos e não me parecem pretos
Tem um cheiro de podridão,
Então retiro do bolso meu isqueiro,
Não enxergo nesta escuridão
Mas presumi pelo estranho cheiro.
Notei ser sangue coagulado,
Então volvi os olhos bem pra cima,
Avistei o cadáver empalado,
Sentindo o horror que se aproxima
O barulho infernal eu ouvia,
De algo cortando a mata selvagem,
Sem noção nada disso sabia,
As pernas paralisadas sem coragem
O corpo estava decomposto,
Foi devorado na certa pelos animais
Não se via sequer seu rosto
Apenas estes malditos restos mortais
Paralisado em grande temor
Percebi uma face disforme e tétrica
A realidade era meu horror,
Leatherface e sua moto serra elétrica