CANIBAIS DE GARANHUNS
[baseado no caso verídico do município de Garanhuns - PE]
Pessoas normais, bem comuns
Não despertariam nenhuma suspeita
Na cidadezinha de Garanhuns,
Mas eram canibais da maligna seita
Restos mortais descartados no poço
Mulheres mortas num cativeiro
Sangue arterial jorrando do pescoço
Vítimas mutiladas no banheiro
Alimentavam-se desta carne humana
Entre as diversas refeições,
Quitutes feitos durante uma semana,
Em meio aos ritos e orações
A liturgia da purificação d’um mundo
Enquanto a maldade faz morada
Este sangue vertido acalma o impuro
Com carne humana essa empada
Vendida salgados para ter subsistência,
Neste seu maligno feitio
Na mística da incongruente demência,
A seita fundada pelo trio
Suas alcunhas são Jorge, Bruna e Isabel
Férvidos deste espiritualismo,
Esses anômalos andavam à noite pelo léu
Para praticarem canibalismo!