CANIBAIS DE GARANHUNS

[baseado no caso verídico do município de Garanhuns - PE]

Pessoas normais, bem comuns

Não despertariam nenhuma suspeita

Na cidadezinha de Garanhuns,

Mas eram canibais da maligna seita

Restos mortais descartados no poço

Mulheres mortas num cativeiro

Sangue arterial jorrando do pescoço

Vítimas mutiladas no banheiro

Alimentavam-se desta carne humana

Entre as diversas refeições,

Quitutes feitos durante uma semana,

Em meio aos ritos e orações

A liturgia da purificação d’um mundo

Enquanto a maldade faz morada

Este sangue vertido acalma o impuro

Com carne humana essa empada

Vendida salgados para ter subsistência,

Neste seu maligno feitio

Na mística da incongruente demência,

A seita fundada pelo trio

Suas alcunhas são Jorge, Bruna e Isabel

Férvidos deste espiritualismo,

Esses anômalos andavam à noite pelo léu

Para praticarem canibalismo!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 26/03/2020
Código do texto: T6897795
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