A CAIXA

Certo dia caminhando pela floresta

Deparei-me como uma caixa,

Estava fechada sem nenhuma fresta

Era grande, mas pouco baixa.

Ao seu redor escrito uma inscrição

“Frágil, não abrir com faca”,

Isso atiçara toda a minha intuição,

E a curiosidade enfim ataca!

Cuidadosamente abri a embalagem

Lá dentro algo bem furreco,

Parecia surrado pela longa viagem

Era um sujo e velho boneco

Mas observando muito atentamente

Aquilo não era um brinquedo,

O horror apoderou-se desta mente,

Arrepiei-me com tanto medo

Aquele olhar parecia alquebrado,

Em um inevitável alento,

Que suplicaria morrer sossegado

E poupado do sofrimento

Com esse meu olhar tão petrificado

Percebi inúmeras mutilações

Neste pequeno cadáver mumificado

Vítima das insanas perversões

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 21/03/2020
Código do texto: T6893167
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.