O NASCIMENTO
Os raios do luar me despertaram,
Deste meu sono eterno,
Minhas mortalhas se iluminaram
Levanto-me do inferno!
Despertei mas o rosto se langue
Com a fome esquisita,
O olfato sente cheiro de sangue
Renasci sendo parasita!
Condenado a viver na escuridão
Escondido de toda a luz,
Sentença macabra de condenação
Blasfemo ante essa cruz!
Agora sem traço de humanidade
Ergo-me da negra alcova
Cometerei outra nova atrocidade
Antes de retornar a cova
Toda noite caçando uma nova presa
Ouço seu medonho suspiro
Nos meus braços essa presa indefesa
Das seduções d'um vampiro