O ENIGMA DO ARMÁRIO

Deitado eu observo a escuridão,

Na penumbra escura sem qualquer luz

Sinto algo se mover no colchão

E sob o luar trêmulo vejo brilhar a cruz

Sinto o ar tornar-se muito frio,

Movendo as portas velhas do campanário

Na espinha sobe certo calafrio

Quando ouço batidas neste meu armário!

Na mente esse incidente registro

Como algo regido pela minha imaginação

Porém acredito ser algo sinistro

Tenho tanto medo que seja o bicho papão

A minha mãe sempre me dizia,

Que em um momento essas traquinagens

Seriam pagas neste mesmo dia

Considerei tudo apenas meras bobagens

Preciso confrontar todo o medo

E crer que tudo seja um simples receio

No escuro, meu maior segredo

Mas no maligno nunca em vida creio!

Perdoe-me Deus por fazer o mal

Nas minhas costas uma mão percorre

Ergue-me de modo descomunal,

- Grito socorro, mas ninguém socorre!

O que deveria agora eu fazer?

Escutem-me preciso ser agora ouvido

Sem energia não posso correr

Pelas sombras noturnas serei engolido!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 17/03/2020
Código do texto: T6890096
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