O ENIGMA DO ARMÁRIO
Deitado eu observo a escuridão,
Na penumbra escura sem qualquer luz
Sinto algo se mover no colchão
E sob o luar trêmulo vejo brilhar a cruz
Sinto o ar tornar-se muito frio,
Movendo as portas velhas do campanário
Na espinha sobe certo calafrio
Quando ouço batidas neste meu armário!
Na mente esse incidente registro
Como algo regido pela minha imaginação
Porém acredito ser algo sinistro
Tenho tanto medo que seja o bicho papão
A minha mãe sempre me dizia,
Que em um momento essas traquinagens
Seriam pagas neste mesmo dia
Considerei tudo apenas meras bobagens
Preciso confrontar todo o medo
E crer que tudo seja um simples receio
No escuro, meu maior segredo
Mas no maligno nunca em vida creio!
Perdoe-me Deus por fazer o mal
Nas minhas costas uma mão percorre
Ergue-me de modo descomunal,
- Grito socorro, mas ninguém socorre!
O que deveria agora eu fazer?
Escutem-me preciso ser agora ouvido
Sem energia não posso correr
Pelas sombras noturnas serei engolido!