O FANTASMA
Lembro de minha filha na penteadeira
Penteando seu comprido cabelo,
Ao ver levitar dentro da sala a cadeira,
Seria isso um sonho ou pesadelo?
Certa noite ouvi algumas batidas
Mas andando pela casa nada reparei,
Sempre no compasso e repetidas
E com tanto medo apenas me gelei!
Objetos se moviam lentamente
O ar dentro da residência parecia frio,
Isso perturbava tanto a mente
Que algumas vezes de desespero rio.
A cada dia a surpresa era pouca
Um novo fenômeno sempre se iniciava
Minha filha com sua voz rouca,
Outra manifestação assim ela anunciava
Parecia que havia a entidade,
Que habitava esta casa desde a morte
Com ódio e plena maldade,
E dando a nós todo tipo dessa má sorte!
Lembro ser uma sexta feira,
Quando percebi no quarto certo miasma
Começou então essa gagueira
Ao ver levitando pelo ar esse fantasma!