O homem que não gostava de carnaval - capítulo final
O homem que não gostava de Carnaval
Ultimo Capítulo
Dona Thereza estava em choque com a presença daquele homem alto, branco e de olhos azuis, que usava um terno e sandálias havaianas; porém em alguns momentos, ele dormia. Então a mãe de Creonte começou a gritar!
O seu filho que estava folheando uma revista de turismo a jogou longe e acorreu para ver o que estava acontecendo com sua progenitora. Ele deu de cara com o fantoche, ou melhor, o fantasiado; que rodopiava num círculo de horrores.
O homem repetia as mesmas ações em intervalos cíclicos enquanto a mãe de Creonte mantinha as mãos no rosto, de forma aterrorizada e gritava: Meu filho cuidado com este ser, ele não é de este mundo. O homem travestido de político parecia um autômato, e o rapaz que nunca gostou da folia estalou os dedos na direção do invasor como que para acordá-lo daquele estado nauseante e hipnótico.
E ao mesmo tempo em que fazia isto bradou: - Quem é o senhor?
O morto-vivo olhou na direção do homem e disse: - Vim te buscar para irmos a Grécia. O jovem mostrou-se confuso, porém mudou o jeito. Tornou-se mais alegre, como um bom brasileiro. Abaixou a cabeça e viu um filete de sangue ressurgindo no meio de sua camisa branquinha, lavada de forma caprichosa pela dedicada Thereza.
Creonte deu um gemido, e caiu no solo frio do barraco : neste instante a silhueta de um palhaço de terno pulou a janela com uma arma na mão...
FIM.