NÃO DIGA MEU NOME

Desde esse seu nascimento

Eu estive ao seu lado como a sombra

Que traz a dor e sofrimento

Um espírito do mal que te assombra!

Antes de você ser eu já existia

Quando Deus anunciou seu próprio fim

Das trevas ergui toda a profecia

E com o sangue de Abel celebrei Caim!

Andei por toda a terra quente,

Enquanto o ódio consumia-me de fome,

Rastejando tal qual a serpente,

Não ouse agora soletrar esse meu nome!

Estarei com você nos açoites,

Serei teu guia quando for torturado,

Durantes tantos dias e noites,

Até ser pelos romanos crucificado!

Sou aquele que fora extirpado

Habitando nos homens com luxúria

Pelo teu Pai ao abismo enviado

Onde há o ranger e infinita lamúria

Lá estarei aos pés da cruz,

Admirando sua dor e seu lamento,

Ao bradarem: Mate Jesus,

Darei para sua morte o final alento!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 10/03/2020
Código do texto: T6885066
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