O MANICÔMIO
Ninguém suportaria a cena,
Milhares tratados como loucos animais,
O sanatório de Barbacena,
E suas sandices para os doentes mentais
Eram todos míseros reféns
Das histórias macabras, os prólogos
Chegavam dentro dos trens
Torturados pelos seus vis psicólogos
A cena do inferno e da agonia
Entre os leitos dos pacientes amarrados
Falecidos devido à hipotermia
Estes cadáveres eram então traficados!
Para as universidades mineiras
Não havia alimentação nestes pratos
Surrados por poucas besteiras,
Comiam suas próprias fezes e ratos
Dormir juntos para reter calor,
Dezenas e sempre estavam amontoados
A cena bizarra do real horror
Alguns padecem certamente sufocados
Era a visão de toda sanidade
Acordos de sobrevivência eram tácitos
E quando viera a mortandade
Alguns mortos dissolvidos em ácidos
Cada pensamento calculista
Tornava o hospício uma grande detenção
Similar a um campo nazista
O extermínio em massa na concentração!
Cada vida valia quase nada
Em uma época sob o regime da ditadura
O manicômio fora entrada
Para que cada um cavasse sua sepultura!