A VIZINHA
Certa noite defronte a janela
Avistei essa maravilhosa imagem
Uma linda garota assim bela
Parecia ser uma amorosa miragem
Flertei com ela por momentos
Seu sorriso me parecia agradável,
Despertou-me os sentimentos,
O final feliz talvez fosse inevitável
Mesmo eu estando cansado,
Observei-a e parecia tão sozinha
Estaria eu então apaixonado?
Por essa desconhecida vizinha?
Decidido finalmente me propus
Ir até sua residência e bater na porta
A noite era densa quase sem luz,
Mas nada disso agora já me importa
Chegando à sua casa silenciosa
Avistei a porta, parecia entreaberta
Acenei e fiz saudação amistosa
E a felicidade ao coração desperta
Ao entrar senti um pressentimento
Que meu espírito perturbaria,
Foi esse meu macabro passamento
Daquilo que em breve veria
Assim aproximei-me mais,
E notei que ao pescoço uma corda
Aquela visão tirara minha paz
Na sala ela jazia enforcada e morta