A CASA - PARTE I

Prólogo:

Haveria senão um fato,

Para uma casa ser assombrada,

Houve certo assassinato,

E a vítima fora desmembrada

O relato era tão chocante

Que muitos não queriam ouvir

Mas a verdade arrepiante

No futuro viria ainda por surgir

I

Você vê aquilo que eu vejo?

Na imensidade da funesta escuridão?

Moro em um isolado vilarejo,

Sinto agora essa estranha compulsão

Penso estar ouvindo as vozes,

Sensação esquisita de ser perseguido,

Idéias sádicas são tão velozes,

Sinto-me acuado e também aturdido!

Esse pensamento é obsessivo,

Mate-os sem qualquer misericórdia,

Não deixe sobrevivente vivo,

Libere seu ódio e toda sua discórdia

Pegue nas mãos esse punhal,

Persiga-os pelos cômodos da casa,

Desove os corpos no matagal

Cave para cada um, uma cova rasa

A primeira vítima será sua irmã,

Calmamente adormecida sem pestanejar

Ela está debruçada em seu divã,

Aperte a lâmina ao pescoço até degolar!

Sua mãe parece estar enamorada

Parece distraída e então cantarolando

Nas suas costas dê uma apunhalada

E veja o sangue pelo ralo se escoando!

Aproxime-se do seu pai agora,

Embriagado esse miserável velhaco

Não sabe que chegara sua hora

Dando-lhe uma paulada com o taco!

Ainda falta alguém na residência

Que deverá sentir tua sede homicida

Sem remorso, sequer a clemência

É momento de ceifar esta outra vida...

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 04/03/2020
Reeditado em 05/03/2020
Código do texto: T6880416
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