O PARQUE DE DIVERSÕES - PARTE II
Quando ligarem todos esses brinquedos
E meus pés sentirem a alfombra,
Despertarei das trevas inúmeros medos
Seguindo-o ocultado pela sombra
Sou aquela que pelas noites vagueia,
Como uma temível aparição,
A maldita víbora que apenas serpeia
Sendo a terrível assombração
Aguardo lentamente cada desembarque
Do carrossel e de sua diversão,
Habito por inúmeros séculos o parque,
Ouvindo relatos desta maldição
Mas se acalme que toda essa formosura
É o encanto da diabólica paz,
Quando fitar-me os olhos verá brancura
Deste meu trato com Satanás!
Neste parque e suas macabras diversões
Darei a estes infames visitantes,
O gosto amargo das minhas perversões
Lançando-os das rodas gigantes
Cada visita haverá sempre final trágico,
Um corpo ao chão se debatendo
Mostrarei esse verdadeiro reino mágico
Seu frágil pescoço irei torcendo!
Não pouparei a criança e sequer o manco,
Aguardo que cada um embarque,
Mais conhecida como a donzela de branco,
O diabólico espírito deste parque!