O homem que não gostava de Carnaval.

Creonte vivia com sua mãe, em uma Comunidade do Rio de Janeiro, aos trinta e oito anos; ele ainda não sabia ler.

Trabalhava como um "faz tudo" em uma empresa de fundo de quintal, de um tio. Ele amava livros, inclusive ele colecionava este artigo de luxo. Creonte não desconfiava nem um pouquinho de sua real origem ...

Ele foi com seu tio, assistir ao filme Coringa, e se apaixonou pelo personagem, que também amava dançar e fazer o bem, assim como ele (Creonte).

Seu olhar ficava triste, quando ele lembrava de sua condição quase inumana; por não saber: nem ler, nem escrever.

Ele cresceu na Rocinha, sim, na Favela, que na verdade foi apelidada de "Comunidade" como tantas outras, só para disfarçar;seria uma falha minha, se eu não contasse para os meus leitores a verdade.

Fico arrepiada de pensar, como um negro alto, com nome de "traidor" poderia ainda permanecer vivo, na maior Favela da América Latina...

O CONTO TERMINARÁ DAQUI A DOIS CAPÍTULOS

AGUARDEM!!!!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 25/02/2020
Reeditado em 09/02/2022
Código do texto: T6874037
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