A LAGOA

Apertando prendo a respiração,

As extremidades dos lábios arroxeados

A falta de oxigênio na circulação

Faz seus dedos se tornarem tão gelados

Os olhos reviram-se nas órbitas,

Desespero pelo ar não estar nos pulmões

Pus minhas mãos pelas carótidas

Agora seu corpo se revira nas contrações

Cada segundo passado é letal,

O organismo precisa se livrar do ar venoso

A sequela é a anomalia mental

Que é bombeada com esse poder vigoroso!

Um minuto a mais inevitável,

A parada respiratória causará taquicardia

A rigidez do corpo deplorável,

Nos alvéolos começara a trágica embolia

A realidade enfim se destoa

No empuxo que leva-me para esse fundo

Morrerei por fim nesta lagoa

E nunca mais verei novamente o mundo!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 22/02/2020
Código do texto: T6871839
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