A LAGOA
Apertando prendo a respiração,
As extremidades dos lábios arroxeados
A falta de oxigênio na circulação
Faz seus dedos se tornarem tão gelados
Os olhos reviram-se nas órbitas,
Desespero pelo ar não estar nos pulmões
Pus minhas mãos pelas carótidas
Agora seu corpo se revira nas contrações
Cada segundo passado é letal,
O organismo precisa se livrar do ar venoso
A sequela é a anomalia mental
Que é bombeada com esse poder vigoroso!
Um minuto a mais inevitável,
A parada respiratória causará taquicardia
A rigidez do corpo deplorável,
Nos alvéolos começara a trágica embolia
A realidade enfim se destoa
No empuxo que leva-me para esse fundo
Morrerei por fim nesta lagoa
E nunca mais verei novamente o mundo!