Algumas coisas difíceis de serem ditas
A parte mais delicada de qualquer interação, é aquela que vai de encontro aos costumes e ao condicionamento de qualquer indivíduo. Cada ser acredita na sua própria verdade e estrutura seu mundo a partir dela. Como dissemos, essa é a característica principal da Consciência. Toda a realidade é subjetiva, e cada criatura tem e constrói seu próprio mundo. Com exceção, é claro, das experiências coletivas, como as que experimentam no seu planeta atual.
Essa experiência coletiva não é a regra, e devem perceber isso, pois nenhuma Consciência permanece a mesma e no mesmo lugar, pois ela precisa e vai se expandir, e isso significa mudança. Entender, então, que a realidade física não é a principal, e nem a determinante, é um bom "começo".
Dito isto, alguns conceitos estritamente físicos precisam ser revistos, e o serão, quer hoje, quer amanhã. Neste ínterim, a desconstrução da camuflagem e dos condicionamentos permeará o processo.
Você nasceu e viveu toda a sua realidade, como a entende, instruído e hipnotizado por conceitos que, literalmente, aceitará até a morte, com a exceção de uns poucos. Você os compreenderá após a partida do corpo e a da eventual "libertação" desses rígidos conceitos. Mas, como a intenção é aproximar cada vez mais o ego fisicamente orientado dessas outras percepções que por hora ele está afastado, começamos mais cedo por aqui, pois o "destino" do ego é se tornar mais e mais consciente dessas realidades diversas que o cercam, e transportar a vida na terra como a entendem a um novo patamar.
Então, precisamos começar quebrando paradigmas, os padrões e verdades atualmente aceitos sobre a natureza da existência como um todo, e são essas coisas, que são difíceis de serem ditas ou aceitas, por que representam uma parcela muito arraigada de suas realidades.
Essas dizem respeito sobre a natureza do bem e do mal - como já explicitadas antes - a alegria e a tristeza, os propósitos da vida, e o começo e o fim, a personalidade individual e a coletiva.
Meus leitores questionam muitas dessas percepções, mas não é privilégio deles. Todas essas questões gravitaram ao redor das mentes humanas desde sempre, e fazem parte deste processo de desconstrução contínua da camuflagem.
Primeiro, esses conceitos são rígidos para vocês por causa, principalmente, do viés pelo qual os veem. Como entendem a realidade como algo físico e temporal. Logo, frágil e desprotegida, criam barreiras onde realmente nada há. Por exemplo, não há um ponto de vida e morte, voces morrem e nascem todos os dias nos chamados universos paralelos, a Consciência "viva ou morta" só mudou seu foco de atenção. Tudo é foco e crença. Vocês só tem de aprender a abarcar todas as experiências ao mesmo tempo, e as aparentes fronteiras desaparecerão.
Dito isto, felicidade e tristeza são palavras criadas pelos humanos que realmente não existem. O propósito da vida na terra ou em qualquer lugar não é a felicidade. Então, não se pode ter vergonha da tristeza ou de sentir-se triste. A tristeza é tão natural ao mundo quanto a noite e o dia. Ser triste ou ser alegre são estados de espírito - literalmente - e ambas tem as suas "funções". Para quem entende de arte, sabe que um quadro monocromático, ou melhor, um quadro sem sombras ou partes escuras é um quadro sem profundidade, raso, sem graça, irreal. Os contrastes que dão vida, literalmente de novo, à existência. Você não tem que viver sua vida em função de ser triste, ou ser alegre, mas simplesmente tirar o melhor das duas, simples assim.
A tristeza trás reflexão, recolhimento e reconhecimento... ela não deve ser procurada, como a alegria também não... ela só deve ser experienciada. A tristeza cria mundos longe do seu, de rara beleza, que você não pode entender agora, porque não entendem a verdadeira natureza dos sentimentos. Os sentimentos não são vocês! Eles passam por vocês, é diferente. Por tanto,Você não é alegre ou triste. você está vivendo a experiência, e a experiência é mais importante do que as palavras ego, superego, alma ou mente, ou qualquer uma que você puder inventar, porque elas são isso mesmo, inventadas...
O ódio te ensina a amar, e voce só odeia aquilo que ama, do contrário, seria indiferente. Agora, um homem que amou a guerra e fez parte de uma, se tornará numa outra vida defensor da paz. Por que só ama a guerra aqueles que nunca a conheceram de verdade. Porque vejam, conhecer é experimentar.
O bem e o mal, a verdade e a mentira, só fazem sentindo num contexto temporal. A alma humana é maior do que todos. E se você aceita sentimentos inferiores em si mesmo, aí é com você, como todas as outras coisas são. Cada um cria a sua realidade, como acredita ser capaz, e vivenciarão aquilo que aceitam, e verão por si mesmo o que é vale ou não. Algumas realidades são compartilhadas, como a sua, aqui constroem inconscientemente e coletivamente tudo aquilo que têm acreditado, e estão aprendendo, da melhor forma que que encontraram, os poderes da crença e da mente.
As outras realidades são subjetivas e você só toma parte delas se elas se amoldarem naquilo que acreditam e desejam, então, as portas se abrirão de acordo com quem bater. A Nossa realidade, como já dito, é diferente da sua, Eu a divido com aqueles que como eu, a aceita e dela se deleita. Ela não é a suprema realidade, a única, a verdadeira ou a melhor. É só a Nossa. Assim, seus motivos inferiores ou superiores são seus e só seus e a realidade que experimentarão a partir disso serão só suas. Onde estiver o seu tesouro lá estará o seu coração, não é mesmo?
Um homem conta as suas histórias tantas vezes, que elas se misturam a ele, e ele, por sua vez, se mistura a elas, e elas sobrevivem a ele, e é desse jeito que ele se torna imortal...