AS BARATAS
Pelas gavetas, nos potes de damasco
São esses insetos imundos!
Sinto por elas este petrificante asco,
Pavores quase nauseabundos
Por isso nunca me sinto protegida
Ao vê-las fico sem reação,
À noite saem procurando comida,
Perturbam minha emoção.
Convivem nestas incontáveis casas,
Enojam-me seus pêlos,
O desespero quando batem as asas!
E andam sob os cabelos
Reproduzem-se em muitas centenas,
Nos lugares mais improváveis,
Da minha poltrona vejo estas antenas
Destas criaturas tão detestáveis
Por Deus!Eu já ouço o som,
De seus movimentos com as patas
Reconheço essa cor marrom,
Pelas paredes as terríveis baratas!