BONECAS
[baseado na história macabra e verídica de Anatoly Moskvin]
I – PRÓLOGO
ANATOLY:
Eis o início de todo o mistério,
Quando recebi num funeral a crendice
Que haveria vida pelo cemitério
E iniciara minha coleção de bizarrice!
Sempre fui um pacato cidadão,
Diziam que eu era certamente perturbado
Mas este fato chamara atenção,
E meu apartamento foi então investigado
Talvez descubram que o desaparecimento
Dos corpos nos túmulos violados,
Estejam jazendo agora neste apartamento
Pelos meus desejos perturbados!
Não há como escapar ou fugir,
Apenas aguardarei com certa decência
Aquilo que estará por porvir,
E jurar no tribunal apenas a clemência
II – A DESCOBERTA
POLICIAL
Era horrível aquela constatação,
Ver cadáveres infantis embalsamados
Corpos frágeis em mumificação,
E como brinquedos serem guardados!
Todas eram assim ornamentadas,
Tratadas com carinho e macabro zelo,
As faces róseas pareciam pintadas
Sendo cuidadoso preservando o cabelo
Preenchidos com muita serragem,
Para adquirirem ainda mais corpulência,
Como se fossem apenas forragem
E alimentar as fantasias d’uma demência
Nunca tivera contato sexual,
Com estas bonecas que ele fabricava,
Quisera dar-lhes algo imortal
E assim a vida eterna apenas lhe dava!