BONECAS

[baseado na história macabra e verídica de Anatoly Moskvin]

I – PRÓLOGO

ANATOLY:

Eis o início de todo o mistério,

Quando recebi num funeral a crendice

Que haveria vida pelo cemitério

E iniciara minha coleção de bizarrice!

Sempre fui um pacato cidadão,

Diziam que eu era certamente perturbado

Mas este fato chamara atenção,

E meu apartamento foi então investigado

Talvez descubram que o desaparecimento

Dos corpos nos túmulos violados,

Estejam jazendo agora neste apartamento

Pelos meus desejos perturbados!

Não há como escapar ou fugir,

Apenas aguardarei com certa decência

Aquilo que estará por porvir,

E jurar no tribunal apenas a clemência

II – A DESCOBERTA

POLICIAL

Era horrível aquela constatação,

Ver cadáveres infantis embalsamados

Corpos frágeis em mumificação,

E como brinquedos serem guardados!

Todas eram assim ornamentadas,

Tratadas com carinho e macabro zelo,

As faces róseas pareciam pintadas

Sendo cuidadoso preservando o cabelo

Preenchidos com muita serragem,

Para adquirirem ainda mais corpulência,

Como se fossem apenas forragem

E alimentar as fantasias d’uma demência

Nunca tivera contato sexual,

Com estas bonecas que ele fabricava,

Quisera dar-lhes algo imortal

E assim a vida eterna apenas lhe dava!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 10/02/2020
Código do texto: T6863055
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