MEIA NOITE
O relógio anda lentamente
Poucos minutos para a madrugada
Conto os minutos impaciente
Temendo ver alguma ilusão macabra
O silêncio me mostra ao redor
A rua vazia por onde não há ninguém
Já não sei o que será o pior,
Rezar ou ver algo levantando do além
Ouvi várias histórias trágicas,
Daqueles que viram a figura do mal,
O mal pelas forças mágicas,
Traçar a perseguição sobrenatural!
Nunca acreditei nas lendas
Dos contos de horror tão divulgados
Mas entre ilusórias emendas
Os temores agora estão levantados!
Cada segundo parece infinito
Quando no peito parece que o coração
É como um desespero maldito
Daquilo que vem como a real maldição
Frios suores sem o respeito
Banham a face neste horrível torpor,
Suado molho esse meu peito
Angustiado pela real forma do horror
Há algo ruim eu pressinto
Seguindo-me desde a minha saída,
Tenho certeza, não minto,
Agora está a querer esta pobre vida
Poucos minutos para vir,
Mortal hora do silêncio assim natural
Disto tudo preciso fugir
Pois tenho medo da morte triunfal!