MEIA NOITE

O relógio anda lentamente

Poucos minutos para a madrugada

Conto os minutos impaciente

Temendo ver alguma ilusão macabra

O silêncio me mostra ao redor

A rua vazia por onde não há ninguém

Já não sei o que será o pior,

Rezar ou ver algo levantando do além

Ouvi várias histórias trágicas,

Daqueles que viram a figura do mal,

O mal pelas forças mágicas,

Traçar a perseguição sobrenatural!

Nunca acreditei nas lendas

Dos contos de horror tão divulgados

Mas entre ilusórias emendas

Os temores agora estão levantados!

Cada segundo parece infinito

Quando no peito parece que o coração

É como um desespero maldito

Daquilo que vem como a real maldição

Frios suores sem o respeito

Banham a face neste horrível torpor,

Suado molho esse meu peito

Angustiado pela real forma do horror

Há algo ruim eu pressinto

Seguindo-me desde a minha saída,

Tenho certeza, não minto,

Agora está a querer esta pobre vida

Poucos minutos para vir,

Mortal hora do silêncio assim natural

Disto tudo preciso fugir

Pois tenho medo da morte triunfal!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 08/02/2020
Código do texto: T6861578
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