O HOSPÍCIO
Quartos isolados nas alas psiquiátricas
Remédios para ingestão oral,
Eu enxergo a essas imagens estáticas
Com esse dom sobrenatural
Os médicos dizem que isso é pouco
Aumentam a dosagem desse tranquilizante,
Considerado como um infame louco,
Por esse meu estado espiritual debilitante!
Através das suas interpretações
Psiquiatras afirmam que tenho traumas
Que motivam essas alucinações
Porque sempre percebo vultos e almas!
Ainda tenho o domínio total,
Das faculdades do raciocínio tão lógico,
Mas no meu devaneio irreal
Encontra-se este medo claustrofóbico!
Enxergo na parede amarelada
A figura de minhas terríveis aparições
É uma moça jovem enforcada,
Insistem em dizer serem meras ilusões!
E aquele fantasma parado na escada
Há anos atrás matou a mulher,
Avisto claramente a imagem clareada
Veja-a por um minuto sequer
No quarto ao lado voa a louça,
Enquanto aguardo esta sessão de terapia,
Unido na pesada camisa de força
Ouço-os falando sobre alguma melhoria!
Já averiguaram meu histórico,
Para cura de tudo a rápida trepanação
Um furo no crânio no sanatório
Para toda a loucura será a real solução!