A CADEIRA ELÉTRICA
Que meu Deus e toda sua nação,
Morram em uma existência patética,
Enquanto aguardo a alta tensão,
Amordaçado nesta cadeira elétrica!
Julgado como um réu culpado
Observo a platéia toda posicionada
E agora estou eu aqui sentado
Para sentir o odor da pele queimada
Meu cérebro então irá ferver,
Com os choques sendo transmitidos,
Sem piedade por fim morrer,
Perdendo esses meus cincos sentidos
Os olhos saltarão pelas órbitas,
E o simples aroma de algo queimando
O sangue fervilha nas carótidas
Que em alta voltagem está coagulando!
A adrenalina aumenta agora,
Enquanto tenho um pouco de lucidez,
Lentamente aguardo a demora,
Da morte com sua formidável palidez!
Ao meu lado os padres ungem,
O carrasco que coloca o negro capuz,
Pela porta meus algozes surgem
E vejo debilmente apagar-se uma luz!
Sinto as contrações musculares
Da primeira descarga de eletricidade
O calor nestas veias vasculares
Um prenúncio para minha fatalidade!