A BRUXA - II
Caminha lentamente pelas catacumbas
Fazendo ritos macabros a Satã,
Oculta nas trevas espessa penumbras,
Consigo o crânio seu talismã!
Sob seus feitiços todos os animais,
Servem-na como escravos tão abjetos,
Colhendo nas covas restos mortais,
Amaldiçoando estes fúnebres objetos!
Imersa na escuridão de seres imateriais,
Conjura os demônios seculares,
Barganha com as entidades espectrais,
Os espíritos dos céus e mares!
Taciturna em sua antiga sabedoria,
Recita em latim algumas velhas orações
É a tradição longínqua da bruxaria
De adorar os deuses de antigos panteões!
Suas maldições são as bruxarias,
Rituais fúnebres com outras invocações
Com ossos, vinhos e feitiçarias,
Murmura solitária essas suas maldições!