Nada mais me joga ao pranto

Ora,

Donde vindes essas almas desoneradas,

Perdidas, sozinhas, caladas.

Ora,

Que carregas sobre as costas, diabo,

A atazanar meu descanso,

Medo, angustia ou canto,

Quer que seja,

Não me trará pranto.

Pois, não tarde,

Ficarei a observar-te nestes cantos,

Desfaça as malas,

Retire teu manto,

Mais uma vez, me deito,

Descanso.

Vê, seu Diabo,

Se leve contigo, junto a esse pandemônio,

Também esse corvo sem cântico.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 19/01/2020
Código do texto: T6845592
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