ME CHAME 8 TERROR IND LIVRE 11 ANOS

Vanda ajuda Jocyane no preparo do almoço, Antônio fora com a equipe para a cena de uma tentativa de homicidio.

- Ele virá mais tarde.

- Nossa dona Jocyane, deve ser dificil ser mulher de um delegado.

- Até que não, sabe, eu achava que seria um caos, mais o Antônio é muito capaz.

- Graças a Deus, senhora.

- Sim Vanda, sabe, ele nunca fez algo ruim dentro de suas atribuições, ele é muito justo e digno.

Vanda esta a cortar cenouras, ao ouvir aquilo a faca resbala e faz um leve corte ao dedo.

- Ai.

- O que foi, meu Deus se machucou.

Jocyane corre até o banheiro e logo retorna com o kit de primeiros socorros.

- Vamos lavar o dedo, vou fazer um curativo.

- Não precisa dona Jocyane, esta melhor, logo para.

- Oras Vanda, me deixe cuidar disso.

A mulher reluta mais acaba por deixar aos cuidados da patroa que faz a limpeza e curativo.

- A senhora é muito boa patroa.

- Obrigado, mais sabe, já fui muito pobre vim de uma família bem simples.

- Sério?

- Sim, mais hoje, graças a Deus, estou no céu.

- Verdade, olha, ter que contar as moedas no meio do mês para ver se vai dar para o pão até o fim deste, olha é dureza.

- Eu sei, mais sabe, é só lutar e seguir, a gente consegue.

- A senhora diz isso por que não perdeu alguém importante no meio do caminho.

- Por que diz isso Vanda, você perdeu alguém?

- Eu, bem.......... Toca o celular de Jocyane, ela atende e logo pede licença saindo dali.

- Até parece que a dona disso aqui, a rainha da vez iria se importar com alguém ou com uma história igual a minha.

Vanda diz isso terminando de cortar os legumes, no fogão a panela com água quente, ela coloca estes legumes nesta que logo inicia a fervura.

Jocyane retorna e segue com o preparo sem perceber que Vanda limpa os olhos lacrimejados.

Antônio termina a coxinha de frango com bastante jarros de pimenta, vira o ultimo gole de refri em lata, ali junto dele dois policiais e um investigador, eles conversam quando Antônio observa ao longe uma garotinha sozinha entrar em um matagal.

- Com licença, acho que vou fazer a digestão andando um pouco.

- Tudo bem doutor.

Ele sai e segue pelo trilho até parar frente a um abacateiro.

- Por que não vai embora?

- Então é isso, é isso que a pessoa por trás de ti quer, fale?

- Vão embora. Vocífera a menina, seguindo em gritos que causam frios na espinha dele e o ensurdece.

- Por quê ser tão má?

A menina entra na matinha em velocidade e logo retorna com uma lebre na mão.

- Vão. Em um movimento ela desmenbra o animal arrancando a cabeça, o sangue jorra lhe borrando enquanto a criança grita e sorri com certo ar demoníaco, Antônio olha aquilo e quando saca a pistola, mais nada ali, nem garota e nem animal, tudo limpo ali.

- Estou ficando louco, só pode ser isso. O delegado sai retornando para a estrada, ali a sua espera os policiais.

- Aconteceu algo doutor?

- Não, por quê?

- Ouvimos um grito, achamos que tivesse ocorrido algo doutor.

- Não, tudo bem, podem ficar tranquilos.

Logo um cheiro fétido invade o lugar, eles saem a procura e numa posição á esquerda de onde o delegado estivera com a menina, encontram um buraco com mais de 15 lebres mortas em decomposição.

- Meu Deus quem fora capaz de tal atrocidade.

13012020.............

Vanda termina o seu serviço, segue para o banheiro na área de serviço, logo retorna em outras vestes, cabelos arrumados com ajuda de água e de alguns grampos.

- Bem, já vou indo dona Jocyane.

- Tchau Vanda.

- Até amanhã.

A mulher sai da casa e segue para o ponto, pega o ônibus para o seu bairro, dentro do circular vasculha sua bolsa a procura de algo.

- Mais que droga, será que eu deixei em casa, com certeza ficou lá?

Jocyane termina de averiguar a comida que esta preparando, vai até o quintal, puxa o ar como que se um rito para sua saúde, não percebe ser observada pela menina que esta escondida em meio as folhagens.

Ali, Jocyane realiza alguns ritos e rezas que estivera aprendendo ao ler o caderno que recebera em sua casa.

A menina surge dentro de casa, anda pela cozinha e corredor, entra nos quartos e mexe em algumas coisas, fazendo algum barulho.

- Oi, tem alguém ai?

Jocyane pega uma faca na cozinha e segue pela casa, entra em seu quarto e quando abre a porta deste é fechada, ela vai até esta e a abre novamente, uma forte corrente de ar transita no corredor.

- Será que vai chover, mais o tempo estava tão bom.

Ela sai e ali no chão vê um papel branco caído e ela pega este.

- Mais o que é isso, é uma foto.

A corrente de ar para e ali a sua frente a menina, Jocyane a encara, porém sente um desejo de acaricia-la, a menina lhe aponta o papel na mão da mulher.

- Você o quer ou quer que eu veja isso?

- Veja e vá.

A menina desaparece e Jocyane sente um forte arrepio, ela vai até a sala e sentada no sofá, vira o papel, uma foto de um garoto de seus 12 a 14 anos.

- Meu Deus, um menino, deve ser filho ou neto da Vanda, é moreno.

Jocyane vira novamente, as costas e nota.

" Querido anjo, Deus me deu a filho, te amo, infelizmente você teve de ir embora, sofri muito, mais fique tranquilo, ele pagará, a sim pagará, meu anjinho, oxóssi esta contigo, os caboclos te cuidam e a mãe de todos nós não te desampara, jamais. Te amo querido, sempre te amarei e saiba, haverá justiça."

Assinado Vanda.

Jocyane lê mais uma vez e fica encabulada com aquilo, ela guarda a foto dentro da agenda e vai para a cozinha pois as panelas pelo cheiro anunciam que vai ter comida e da boa.

Antônio termina de jantar, esfrega a barriga com as mãos.

- Nossa amor, que peixada maravilhosa.

- Pare Antônio, foi só um dourado no molho.

- Perfeito.

- Tá vendo você sempre me elogiando, assim eu fico até me sentindo, sabia?

- Pois pode se sentir e muito por que você é demais em tudo que faz, delicia. O homem a traz para si, ali ela sentada no colo dele recebe caricias e beijos.

- Vai, pare com isso ou vou querer preparar peixe agora toda noite. Risos do casal, ali com uma sessão de amassos e Jocyane se lembra da foto.

- Pare amor.

- O que foi, não esta gostando?

- Não é isso, quero te mostrar algo.

- O quê, lingerie nova, oba?

- Seu tarado. Risos.

Ela vai até o local que deixara a foto e a traz para o esposo.

- O que é isso?

- Amor, escute bem, eu achei caída no corredor, logo após a Vanda ter ido.

- Não pode ser.

- O quê amor, você conhece esse garoto?

- Você não se lembra, é o menino daquele acidente.

- Daquele acidente?

- Sim, há 8 anos atrás, lembra-se quando você quis guiar o carro novo nosso.

- Não pode ser, você esta de brincadeira, alguém esta brincando com a gente.

- Não querida, foi ele mesmo, eu me lembro muito bem, nunca consegui esquecer.

- Estou me lembrando, mais juro, eu não queria nunca mais me lembrar daquilo.

- Você disse que encontrou logo após a saída de Vanda.

- Sim.

- Será?

- O quê?

- A mãe dele, eu a vi muito de relance, não.

- Amor, e se a mãe dele ou avó for a Vanda?

- Penso mais exato, é a Vanda a mãe dele.

- O que faremos?

- Temos de perguntar.

- Para ela?

- Sim, amanhã mesmo só vou para a delegacia depois de tirar isso a limpo.

- Mais ainda tem uma coisa.

- O quê?

A menina, ela apareceu aqui e.............

Jocyane conta tudo o que aconteceu ao marido, ele ouve tudo atentamente tendo em mãos a foto do garoto.

Vanda revira toda sua casa a procura da foto, ja colocara todos para sair de sua casa, parentes e conhecidos foram convidados a se retirarem dali, ela queixando-se de forte dor de cabeça e febre.

Devido a mais um período de ondas de calor, os mosquitos transmissor da dengue e outras mazelas estão a fazer vítimas pela cidade, só em seu bairro já são quase 30 pessoas suspeitas do vírus.

Vanda aproveita-se disso para ter seu tempo e casa para si, assim podendo revirar tudo transformando o lugar em tremenda bagunça, tudo pela caça a foto de seu filho.

- Não, não, não, a foto dele, dele, meu filho, meu querido filho, não.

Ela vai até um armário trancado as portas a chave, ela abre este, retira alguns maços de velas e as acende diante as imagens.

- Eu lhes peço e rogo, que mau nenhum chegue até mim e aos meus.

Ela repete a frase por diversas vezes, como um mantra, abre algumas bebidas e joga nas imagens e em si própria, ali começa uma dança sem muito ritmo porém de fácil percepção, ela está em transe.

16012020................

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 19/01/2020
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