o Último - capítulo V

Dias atuais...

- Essa estrada parece que não tem fim – resmungava Anthony

- Eu achei que essa viagem seria tranquila, mas está um clima bem pesado desde que saímos daquele posto – Quem concordava com Anthony era Joice – Luísa, se incomoda de nos contar sobre essa tal cidade abandonada?

- Não creio que seja uma boa hora – respondeu Anthony, já está um clima pesado demais.

- Ah! Qual é conta Luísa, sobre os demônios da cidade – brincava Roger

- Para de ser Idiota mano!

- Só quero deixar o clima menos tenso.

- Foi por tentarem deixar o clima menos tenso que essa cidade pereceu – Luísa olhava fixamente para o nada como se estivesse fora de orbita

- Oi? Luísa?

- É isso mesmo, pessoas boas morreram trucidadas por forças malignas, por pensarem como você, o sangue delas escorria alimentado uma força que não é de Deus, você ouve os gritos Roger? – Luísa estava sem expressão e já estava assustando todos no carro – Vocês ouvem? Eles querem o nosso sangue jovem.

- Luísa, pare com isso

- Agora é tarde, todos nós vamos morrer – Um silencio tomou conta do carro – BUUUUUUUUUUUU

Todos se assustaram e Luísa caiu na gargalhada, todos ficaram em choque e após alguns segundos começaram a rir e a xingar “Sua puta” “Vai tomar no seu cu”

- E eu sei lá o que aconteceu nessa merda dessa cidade, vocês deviam perguntar pro meu pai...

- É verdade Luísa, e seu pai?

- Se você souber me conta – a garota deu uma risada sem jeito e o carro freio bruscamente.

- Caralho! Anthony quer matar a gente? – Perguntou Roger

- Olha ali, o que aquele homem está fazendo?

Um homem de túnica preta atravessava a rua lentamente, tão lento que fez Anthony sair do carro...

- Senhor? Senhor? – Sem respostas, Anthony começou a chegar perto – Senhor! – Nada de resposta, Anthony chegou perto e tocou o ombro do homem : - Senhor!

Buzinadas do carro...BIIII BIIIII, Anthony quase cagou de medo e gritou: - Vá se foder Roger.

No carro eles riram...

- Roger, você é um imbecil! – Disse Joyce rindo

- Porra! O velho não sai da estrada...

Anthony voltou o olhar ao homem e o homem devolveu o olhar, seus olhos vermelhos e sua cara branca com dentes afiados fizeram Anthony gritar de medo um “ AHHHHHHHHHHHHHH! Quilométrico. Todos no carro viram aquela cena e ficaram sem reação, Anthony virou as costas e correu em direção ao carro, Luísa tem uma visão no mesmo momento...

“Onde eu estou? – Luísa estava em uma escola e parecia não ser notada por ninguém a não ser por um garoto que aparentava tristeza com uma arma na mão – Ei, você pode me ouvir? – O garoto balançou a cabeça e disse que sim – O que você está fazendo? O que é isso? – O garoto com uma mão atirava nas outras crianças e com a outra fazia um sinal para Luísa fugir dali. A garota estava desesperada, e gritava, por um momento fechou os olhos e os abriu, o garoto estava em sua frente e cheio de ódio gritou: - o último!

A garota acordou aos berros com os colegas pedindo calma...

- Vamos embora! Quero embora daqui!

Anthony já estava dando partida para darem meia volta e disse: - Não precisa pedir duas vezes! – Deu partida, o carro não ligou, tentou mais uma vez....

- Onde está aquele bicho? – Perguntou Joyce – Vamos logo!

- Estou tentando, mas o carro não liga! – Quinta tentativa o carro ligou – Beleza! – Assim que o carro começou a dar ré o motor fundiu – Não, não, NÃOOOOOO!

- O que houve?

- O Motor fundiu

- Meu Deus do céu, eu só quero minha casa – Dizia Luísa

- Fica calma, nós vamos sair daqui! – Um estrondo na estrada, as rochas caíram na estrada impossibilitando qualquer passagem.

- Que beleza, estamos presos, quem diria que estaríamos num filme de terror.

- Cala a boca, Roger, Cala essa maldita boca!

Os quatro saíram do carro, Roger abraçava Luísa e dizia “Fica tranquila” Anthony olhava em volta: - Não há saída , só ir em frente...

- Olha! – gritou Joice, apontava para uma placa que dizia “São Marinho 1 KM”

- É nossa única alternativa, além de aprender a voar e driblar o penhasco – Disse Anthony

- Eu não quero entrar nessa cidade – Luísa tremia de medo – Eu não quero!

- Fica em paz, nada vai acontecer! – Roger havia mudado o seu jeito retardado – Prometo que como nos filmes de terror, você ficará por último – ao escutar a palavra a garota teve outro flashback.