Agora Sim
- O humor é a alma do negócio. - Disse o palhaço, com um vermelho sorriso no rosto, amolando a faca. O som de metal atritando com metal acordou o casal adolescente. Era uma noite de tempestade muito fria. Não que sua arma não estivesse afiada o suficiente, é que ele achava o angustiante som metálico algo hilário. A moça, de sono mais leve, foi a primeira a acordar, mas logo os dois pares de olhos arregalados do casal sobre a cama foram iluminados por um relâmpago.
O palhaço acendeu a luz do quarto da moça, para poder apreciar melhor o momento. Os olhos deles iam do palhaço esteriótipo de quase dois metros de altura ao facão em sua mão direita por alguns segundos, enquanto ele fazia um gesto para que ficassem em silêncio. Ao fim desses instantes iniciais de choque, o rapaz pulou na direção do telefone, enquanto a moça não conseguia se mexer. O grande sorriso malicioso no rosto do palhaço pareceu brilhar ainda mais.
Mal o rapaz acendeu a tela do celular, o invasor, com um profissionalismo e força terríveis, atirou a faca na garganta dele, cravando-a em seu pescoço. A moça não conseguiu segurar um berro, mas o olhar ameaçador do assassino foi suficiente para fazê-la calar. Ele sentiu sua espinha formigar de expectativa enquanto ia até o adolescente para arrastá-lo. Seus olhos brilharam quando notou que o rapaz ainda respirava pesadamente. Libertou uma gargalhada escaniçada.
O rosto do rapaz pareceu se contorcer de dor quando o palhaço arrancou com destreza a faca de seu pescoço, deixando-o morrer afogado no próprio sangue. Deu uma risadinha feliz e olhou para a dama, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ele deu um passo na direção dela, que finalmente tomou coragem e pulou da cama para fugir. Antes que ela pudesse chegar até a porta ele lhe agarrou pelas pernas. Ela começou a gritar, mas ele não pareceu se importar. Experiente, sentou-se sobre suas coxas, sem fazer muito esforço para imobilizá-la, e como um açougueiro bem treinado, cortou-lhe a perna direita.
Ela gritava e se debatia, mas simplesmente não tinha nenhuma chance. A faca facilmente chegou até o osso, mas ele precisou fazer alguma força para atravessá-lo. Mal ele tocou a lâmina fria na pele da outra perna, cansou-se dos gritos da moça, e com um golpe furioso e certeiro acertou-lhe a boca, arrancando com um golpe sua língua e abrindo um rombo no seu rosto. Ela continuou fazendo bastante barulho assim mesmo, em um doloroso ruído indescritível com a boca aberta, gorgolejando o sangue que jorrava, voltando para a garganta, entrando no nariz e formando uma poça no chão.
- Isso, agora sim você está rindo!