113 - Cento e Treze
A imaginação é um cavalo que nos arrasta. Por ela vemos o que nunca será visível, sabemos o que não existe, bebemos a água fresca de um copo vazio. Enfim, chegou o dia que tantas vezes antes se mostrara de sol e ameno, com a figura muito mais tudo o que havia nos retratos, corpo jovem e perfeito, disponibilidade total e ideias próximas. – Não bebo café. Você está com um perfume forte. Tenho alergia a alguns cheiros… Não lhe disse que gosto de homens com porte atlético? Falha minha. Há quanto tempo deixou de ir ao ginásio? Sou exigente por norma mas adapto-me bem a tudo. Tem o automóvel perto? com estes salto detesto andar muito. Gatos? Tenho um verdadeiro horror. – Que pena, vivo com dois meio selvagens.