EU VEJO MONSTROS NA ESCOLA - PARTE 2

E o nosso aluno Lauro - só pensava em entregar sua caderneta para conseguir voltar a tempo de assistir o transcorrer da aula de física iniciada há dez minutos. A professora Jandira era proficiente nesta área.

A senhora em questão - olhou nos olhos daquela criança bondosa e urrou: - Volte já para sua sala seu pestinha!

O menino ficou perplexo, chorou por dentro. E lembrou de um episódio pretérito, no qual outra inspetora chamada Emília tinha realizado em relação a uma menina que se deslocava para ir ao banheiro - há mais ou menos uma semana atrás: Emília empurrou a aluna contra a parede do corredor da morte.

Lauro (ao lembrar-se disto) resolveu acatar a ordem daquela imensa vida de olhos vermelhos e pernas tortas, que soltou um palavrão, ao ver sua pulseira de falsas pérolas se esborracharem no chão, por conta do arrocho permanente no cevado braço: Afinal de contas ação e reação tem limite.

Logo em seguida a esta desgraça, que era como a abespinhada senhora classificou o evento, o rapazola petrificado, se recupera e apavorado segue trajetória até sua sala de aula; e detalhe, sem a caderneta que infelizmente ficou nas mãos daquele monstro.

Sim, Lauro, além de excelente e trivial aluno da quinta série de um Colégio público nacional, também já era escritor, e estava tecendo uma resenha sobre os acontecimentos escolares do seu cotidiano nesta unidade de ensino. Ele via sempre monstros na Escola, e precisava contar isto ao mundo...

Continua na parte III

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 26/08/2019
Reeditado em 26/08/2019
Código do texto: T6729576
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