Sacrifício Diabólico

Talvez completasse um ano de relacionamento estável ou não. Certo é que aquele homem tinha três filhas pequenas de relacionamentos anteriores e sua companheira duas filhas, adultas. O casal está estabilizando a relação.

Só que em uma noite destas bem negras, sem nenhuma explicação, o homem coloca uma grande faca de cabo branco nas mãos de sua mulher e pede que ela vá até o banheiro e execute uma das filhas dele, sem entender o que estava acontecendo, a mulher recua e contesta aquela atitude.

O homem é persuasivo e argumenta que a criança está possessa de demônios; que vai estragar a relação entre eles; que a criança não age mais por si mesma e sim por forças das trevas; que precisa ser sacrificada para que o relacionamento se salve.

A mulher fica desesperada, e não sabe como reagir. Aquele homem está decidido, quer acabar com o demônio que tomou o corpo de sua filha. Não pensa nas consequências. Seu extinto fala mais alto. Toda racionalidade é neutralizada.

A faca que era um utensílio doméstico agora é uma arma perigosa nas mãos de um louco. A mulher não consegue contornar a situação, tenta escapar, mas está imobilizada. Ele a empurra até o banheiro e então ela vê a garotinha sentada no vaso aparentemente inofensiva, mas quando a menina levanta a cabeça, o rosto dela está transfigurado, olhar satânico e ensanguentado, semblante aterrorizador.

O homem em um último ímpeto põe a faca na mão de sua mulher e ordena que ela acabe logo com a criança. A mulher em prantos perde a consciência por um instante, quando a recobra, vê sangue inundando o ambiente.

E agora? Não sabe o que fazer com o corpo. A mulher duvida de suas próprias ações. Não tem certeza se cometeu o assassinato enquanto o homem não demonstra remorso. A mulher grita...

Em instantes, a polícia bate na porta, o desespero toma conta da mulher. Ela acusa o marido pela morte da criança. Diz que consegue se defender e provar sua inocência, que ele a pediu para destruir o demônio que estava na criança.

O homem transparece equilibrado. Tem um olhar maquiavélico, nada diz. Obseva atentamente cada movimento que a mulher faz.

A polícia ameaça arrombar a porta. A mulher fecha os olhos e procura uma saída que a livre imediatamente daquele inferno e, quando abre os olhos, o inimaginável acontece... 

Todo ocorrido não passa de um pesadelo!


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