CACOS DE VIDRO NO ASFALTO MOLHADO
Depois de conversar com minha terapeuta, cheguei a conclusão de que não estou bem. Digo, não me sinto bem emocionalmente, espiritualmente e também fisicamente. Tenho dormido muito pouco, isso quando durmo; porque na maioria das vezes, passo a noite em claro, tentando compreender o que vi.
Há cerca de um mês, eu estava dirigindo a noite, voltando da faculdade, por volta das 23:30. A pista estava molhada, pois por volta de duas horas uma chuva forte caiu na região.
O trânsito fluía bem, apesar do mau tempo, então, quando atravessei uma encruzilhada, fui surpreendido por uma mulher que acabara de se acidentar. Ela gritava pedindo por ajuda. Dizia que seu bebê estava preso no carro. Fiquei aflito ao pensar no desespero daquela mãe e mais que depressa, parei meu carro no acostamento e fui ajudá-la.
A mulher me disse que perdeu o controle do carro ao desviar de um animal. Com isso, acabou capotando o veículo, que ficou muito danificado. Eu estava tão nervoso e desesperado pra ajudar, que acabei escorregando no asfalto molhado e me cortei num pedaço de caco de vidro. A mãe da criança tentou me ajudar, mas estava sem forças. Então, sozinho me levantei e com o braço sangrando fui retirar o bebê do carro. Eu podia ouvir de longe o choro da criança.
Com muita dificuldade, consegui retirar o filho daquela mulher do bebê conforto e entregá-lo em seus braços. Assim que segurou seu filho, a mãe chorou aliviada e me abraçou. Isso encheu meu coração de alegria. Eu salvei uma vida! Enquanto recebia o agradecimento daquela mãe, notei algumas luzes piscando. Era uma viatura da polícia que se aproximava. Corri em direção aos policiais e apontei o local do acidente. Um dos rodoviários ficou na viatura para chamar uma ambulância, enquanto o outro foi comigo para confortar a mãe e o bebê.
Ao me aproximar do carro capotado, vi a criança sozinha do lado de fora do veículo. Por que a mãe teria fugido depois de receber a minha ajuda? Então, quando o policial se aproximou do veículo, viu que a mãe da criança ainda estava lá dentro, presa entre as ferragens, morta há pelo menos uma hora. Tentei explicar ao policial o que tinha acontecido, mas meus pensamentos não estavam alinhados à minha fala. Então, quando pude raciocinar melhor, vi o espírito da mulher tentando parar mais carros na rodovia, para que salvassem seu filho. Por sorte ou por Deus, eu fui o único que prestou ajuda e por isso seu bebê viveu.
E apesar da minha boa ação, não dirijo mais a noite desde então!
Depois de conversar com minha terapeuta, cheguei a conclusão de que não estou bem. Digo, não me sinto bem emocionalmente, espiritualmente e também fisicamente. Tenho dormido muito pouco, isso quando durmo; porque na maioria das vezes, passo a noite em claro, tentando compreender o que vi.
Há cerca de um mês, eu estava dirigindo a noite, voltando da faculdade, por volta das 23:30. A pista estava molhada, pois por volta de duas horas uma chuva forte caiu na região.
O trânsito fluía bem, apesar do mau tempo, então, quando atravessei uma encruzilhada, fui surpreendido por uma mulher que acabara de se acidentar. Ela gritava pedindo por ajuda. Dizia que seu bebê estava preso no carro. Fiquei aflito ao pensar no desespero daquela mãe e mais que depressa, parei meu carro no acostamento e fui ajudá-la.
A mulher me disse que perdeu o controle do carro ao desviar de um animal. Com isso, acabou capotando o veículo, que ficou muito danificado. Eu estava tão nervoso e desesperado pra ajudar, que acabei escorregando no asfalto molhado e me cortei num pedaço de caco de vidro. A mãe da criança tentou me ajudar, mas estava sem forças. Então, sozinho me levantei e com o braço sangrando fui retirar o bebê do carro. Eu podia ouvir de longe o choro da criança.
Com muita dificuldade, consegui retirar o filho daquela mulher do bebê conforto e entregá-lo em seus braços. Assim que segurou seu filho, a mãe chorou aliviada e me abraçou. Isso encheu meu coração de alegria. Eu salvei uma vida! Enquanto recebia o agradecimento daquela mãe, notei algumas luzes piscando. Era uma viatura da polícia que se aproximava. Corri em direção aos policiais e apontei o local do acidente. Um dos rodoviários ficou na viatura para chamar uma ambulância, enquanto o outro foi comigo para confortar a mãe e o bebê.
Ao me aproximar do carro capotado, vi a criança sozinha do lado de fora do veículo. Por que a mãe teria fugido depois de receber a minha ajuda? Então, quando o policial se aproximou do veículo, viu que a mãe da criança ainda estava lá dentro, presa entre as ferragens, morta há pelo menos uma hora. Tentei explicar ao policial o que tinha acontecido, mas meus pensamentos não estavam alinhados à minha fala. Então, quando pude raciocinar melhor, vi o espírito da mulher tentando parar mais carros na rodovia, para que salvassem seu filho. Por sorte ou por Deus, eu fui o único que prestou ajuda e por isso seu bebê viveu.
E apesar da minha boa ação, não dirijo mais a noite desde então!