Do outro lado da rua
Eram quatro horas da tarde, a mãe cortava as cenoras para o jantar enquanto as crianças brincavam no quintal a frente. Júlio e Júlia, as crianças, corriam de um lado para o outro, enquanto Caroline a mãe, as observava pela janela da cozinha.
Cortava em rodelas as cenouras, uma rodela, uma olhada, até se acostumar com a risada das crianças, mas num lapso de tempo sua mente se distraiu e não ouviu mais os filhos. Da janela, olhou para todos os lados do quintal e não viu nada além de um pequeno gramado vazio.
Mantendo a calma ela foi até a porta dos fundos, esperou um instante e não ouve nada e assustada chama:
-Júlia! Júlio!- e nada e não ouve nada de volta.
Chamou por todos os lugares da casa, mas era inútil, nada respondia aos seus chamados, no final ela se da conta que seus filhos não estão. O por do sol infelizmente é sinal que o dia se vai.
Chegando do trabalho, Jonas se assusta com dois carros de policia em frente a sua casa, seus primeiros pensamentos são negativos e acelera o carro.
Ao chegar ele é recebido por um policial:
-Ei amigo
-Ele é meu marido- ouve a esposa confirmar, de trás do carro, ela vai ao encontro dele e o abraça
-O que foi?
-As crianças!-ela soluça- as crianças- e o abraça
Sem entender, Jonas pergunta ao policial e logo é informado:
-Como você deixou!?-perguntou irado para a esposa
-Elas estavam brincando e…- e tornou a chorar ainda mais
-Mantenha a calma senhor!-aconselhou o policial
-Calma!? Meus filhos desapareceram e me pede calma!?-bravejou
Carol, sentada no degral da varanda abraçada a uma psicóloga, vê do outro lado da rua uma figura medonha de um palhaço, dentes saiam do sorriso psicotico e os olhos olhavam diretamente pra ela
-Quero que visite minha clínica…
-Olha!- avisou á psicóloga, apontando pra calçada do outro lado, quando volta a olhar nada havia lá
-O que?- pergunta a psicóloga, constrangida, a mãe volta a chorar.
-Júlio a mamãe não vai ficar preocupada!?-disse a garota quando parou de correr
-Verdade!- Júlio e Júlia, corriam atrás do palhaço que tinha um saco de balas na mão, quando as crianças pararam o palhaço também parou, estavam apenas uns dois quarteirões longe de casa
-Palhaço, vamos pra casa!-avisou Júlia, e o palhaço tentou se aproximar das crianças e as mesmas correram, achando que o palhaço ia acompanha-las até em casa. Mas ele correu mais rapido e pegou os dois em cada braço e saiu pulando.