Não olhe!
“Não olhe!” – Digo para mim mesma, tentando desviar os olhos daquele reflexo que não reconheço e que me observa de volta, revelando-me uma realidade entorpecida.
“Não olhe!” – Insisto, me esforçando inutilmente para olhar para outro lado, para fugir daquela figura maligna, sombria e zombeteira que me olha e que sem mover os lábios sussurra em meu ouvido que tudo não passa de uma ilusão.
“Não olhe!” – Luto comigo mesma, mas as palavras que me foram segredadas instigam em mim um tipo de loucura que se mistura, ao meu sangue e impregna meus ossos como se fosse parte da minha própria carne.
“Não olhe!” – Grito tentando expulsar os pensamentos estranhos que me invadem à força e que rodopiam em minha mente em círculos infinitos.
“Não olhe!” – Fecho os olhos, pois não quero mais ver, mas os pensamentos continuam lá, como vozes blasfemas e mesmo quando pressiono as mãos em meus ouvidos tentando silenciá-las, elas gritam tão alto que ressoam por todos os cômodos da casa vazia até se dissiparem no ar.
Abro os olhos e penso em como escondi de todos a loucura que sempre me dominou em silêncio e em solidão, então me dou conta de que ela continua lá, a me olhar sem qualquer expressão, mas já não está presa ao espelho, está em pé ao meu lado, silenciosa e imóvel, me observando com olhos que nunca piscam, nem se fecham, e nós duas continuamos nos olhando até que já não posso distinguir entre sonho e realidade e não sei dizer se aquela deitada sobre a poça de sangue que se espalha pelo chão sou eu ou ela.
“Não olhe!” – Insisto, me esforçando inutilmente para olhar para outro lado, para fugir daquela figura maligna, sombria e zombeteira que me olha e que sem mover os lábios sussurra em meu ouvido que tudo não passa de uma ilusão.
“Não olhe!” – Luto comigo mesma, mas as palavras que me foram segredadas instigam em mim um tipo de loucura que se mistura, ao meu sangue e impregna meus ossos como se fosse parte da minha própria carne.
“Não olhe!” – Grito tentando expulsar os pensamentos estranhos que me invadem à força e que rodopiam em minha mente em círculos infinitos.
“Não olhe!” – Fecho os olhos, pois não quero mais ver, mas os pensamentos continuam lá, como vozes blasfemas e mesmo quando pressiono as mãos em meus ouvidos tentando silenciá-las, elas gritam tão alto que ressoam por todos os cômodos da casa vazia até se dissiparem no ar.
Abro os olhos e penso em como escondi de todos a loucura que sempre me dominou em silêncio e em solidão, então me dou conta de que ela continua lá, a me olhar sem qualquer expressão, mas já não está presa ao espelho, está em pé ao meu lado, silenciosa e imóvel, me observando com olhos que nunca piscam, nem se fecham, e nós duas continuamos nos olhando até que já não posso distinguir entre sonho e realidade e não sei dizer se aquela deitada sobre a poça de sangue que se espalha pelo chão sou eu ou ela.