Nossa História de Amor
A sua história física está repleta de acontecimentos aparentemente irreconciliáveis. Vocês navegam em altos e baixos, ora na crista da onda, ora em seu vale, e isso bem literalmente. O gênero humano parece experimentar um pouco de tudo em sua experiência, explorando de alto a baixo as suas possibilidades. Há uma verdade nisso. É uma observação válida, e existem padrões para comprovar isso. Em verdade, suas vidas é isso mesmo, uma experiência subjetiva conjunta. E, como em toda experiência, todos os experimentos são válidos. Vocês brincam, por assim dizer, de viver. Claro, fazem isso de forma altamente intuitiva, e a parte exterior de você, que lida com a realidade física, esqueceu-se disso. Claro, o cérebro físico precisa interpretar um sem número de informações, e ele, é claro, não está completamente capacitado para suportar alguns tipos de dados não físicos.
De uma forma bem simples, mas bastante verdadeira, toda a realidade, a sua, a minha, e de qualquer consciência que você puder imaginar, é uma grande brincadeira, uma diversão. Um jubilo, por assim dizer, que abarca a noção de satisfação, encanto, descoberta, espontaneidade, criação, expansão, plenitude, liberdade e algumas outras definições, que claro, não podem ser expressas em palavras. A eternidade poderia ser alguma outra coisa? Por isso que fora dito algumas vezes que o céu pertence àqueles que são como as crianças.
Agora, a diversão verdadeira, e sei que você sabe, não está despida de responsabilidade. Ela não é inconsequente, como alguns tipos de "diversão" que alguns de vocês conhecem ou possam estar pensando. Você só age inconsequentemente porque não conhece os efeitos "futuros" de suas ações. Quando criança, você aprende jogos de diversão, e todos eles tem suas regras para que a diversão seja plena e completa. Você aprende isso desde cedo, sem perceber. Assim também, enquanto um ser físico, aqui, neste mundo, você aprende, sem perceber, conceitos que levarão pela sua experiência individual nos universos que um dia prescrutar. Talvez eu possa dizer, que o seu mundo é uma grande amarelinha, que o instruirá a um dia, respeitar as regras de outras amarelinhas espalhadas pelo infinito.
Como toda criança, é no ato de brincar que você descobrirá o afeto pelas coisas. É brincando, se enturmando, que você ganha conceitos como a consideração, o respeito e a devoção, por algo ou alguém. Vocês costumam chamar isso de amor. Amor é uma palavra, como todas as outras, criadas para aglutinar conceitos expressos em outras palavras, que por elas mesmas não poderiam expressar a completude do sentimento, se não estivessem em conjunto com outras palavras de mesma natureza. Amor, visto desta forma, por assim dizer, expressa uma pluralidade de coisas. Como Nós, somos uma pluralidade de Almas.
Nos perguntaram se conhecíamos os sentimentos como vocês. Talvez, devêssemos responder de uma forma instrutiva, para não deixar o barco passar... que vocês mesmos não conhecem seus sentimentos. Você acha que conhece os sentimentos, e todos os estrangeiros, não conhecem como vocês e devem ser intruidos quanto ao que eles são. Isso é da natureza humana, que balizam tudo à partir do conhecimento que eles tem, e do ponto de vista terreno.
O amor que vocês sentem por exemplo, não é amor como vocês mesmos imaginam. O amor que conhecem, quando não tem um viés sexual, tem uma carga possessiva. Dificilmente será um sentimento expansivo e libertador, sacrificial e de entrega, e isso, costuma acontecer, às vezes, na experiência materna, paterna, ou fraterna. Casos mais comuns na experiência materna. Menos comuns, na paterna. E um pouco raro, na fraterna. Talvez isso sirva para você intuir da real necessidade de se viver uma experiência materna, e porque em muitas vidas suas neste mundo, você precise vir mulher e enfrentar a maternidade.
Você está aprendendo a sentir de verdade. O que você atualmente chama de sentimentos é uma experiência multidimensional reduzida a uma experiência tridimensional. E o que estamos tentando dizer-lhe com isso é que se experienciasse o amor verdadeiro, possivelmente não suportaria o êxtase de vivenciá-lo. Os que suportaram "morreram" para a sua noção de vida, e "renasceram" para outra. Seriam considerados loucos, utópicos ou associais para o seu modo de ver.
Nossa história, então, a sua e a Minha, é um progressivo canto de amor. Você segue os espaços e o tempo que você criou, catando pétalas para formar uma flor. Cada pétala sendo uma redenção, um ato puro e necessário que você escreveu para si, mas esqueceu. Você precisa aprender a usar criativamente os sentimentos, mesmo os que considera negativos. E nesse caminho trilhado, você se pegará percebendo que tudo é uma coisa só. Isso não diminui a coisa, só a aumenta. E é neste ponto que entenderá que deverá amar o próximo como a si mesmo. Já que o próximo é você, vendo o mundo de uma outra perspectiva.
Claro, mas pra isso, você precisa entender o verdadeiro significado do sentimento a que denominaram amor. Precisam também, querer absorve-lo, experiencia-lo, vive-lo. Você é livre e nada pode ser imposto, só sugerido. Se este é o seu mundo, então ele é você. Ele é a sua imagem e semelhança. O que pode dar a ele, para que ele melhore?
Sabemos, ainda é mais difícil fazer, do que responder a essa pergunta.
Mas estaremos por aí, incentivando. Como sempre estivemos no decorrer de sua história, e de nossa História de amor. Se vocês conhecessem o amor como conhecemos, talvez entenderiam que desistir não é uma opção.