A maldição do beijo de amor

"Vou te dar um beijo que lhe faltará o respirar..."

13 de Setembro de 1856...

- Ela é linda!!! Parabéns, pela criança tão perfeita!!!

- Oh!!! Meu nobre Rei, terás que cuidar do nosso tesouro como assim, cuidas de vosso Reino.

- Certamente, minha doce e linda Rainha!!!

Naquele dia nascia uma criança do sexo feminino, qual futuramente se tornaria uma grande Soberana.

Todos no Reino estavam felizes. Havia uma festa em comemoração e os súditos comemoravam com o Rei e a Rainha. Isto fez com que muitos outros Reis, viessem para conhecer a nova Princesa.

Não havia ninguém que não caía aos encantos de sua beleza. A princesa tinha um brilho diferente, qual futuramente lhe traria um difícil e árduo dever em controlar.

Anos foram passando e a Princesa à cada dia se tornava mais bela, dando um completo transtorno para manter curiosos que se aproximavam do Castelo, somente para ter a chance de ver a pura beleza de Isabel.

Um dia ao sair para cavalgar com proteção da Guarda Real, a Princesa resolveu parar em um Lago, onde havia água fresca e assim, poderia matar a sede dos cavalos e se refrescar também.

Os guardas ficaram cercando às proximidades e apenas duas serviçais lhe acompanharam até às margens de um Lago. Assim, Isabel tirou suas vestes e entrou na água. Quando em um instante toda a água do Lago escureceu e muitos peixes começaram à boiar na superfície. Sendo uma cena meio que aterrorizante e fazendo a Princesa sair às pressas da água.

Não se sabia ao certo o que havia ocorrido, mas aquilo deixou a Princesa com muito pavor e aos prantos resolveu retornar ao Castelo. Quando chegou correu para tomar um banho, afim de se limpar de algum veneno que talvez estivesse naquela água do Lago. Logo em seguida foi até o Rei, seu pai, para lhe contar o ocorrido e tentar se acalmar.

O Rei também não sabia o que poderia ter acontecido, mas mandou que ninguém se aproximasse daquelas águas negras e talvez envenenadas. Conversou com Isabel e lhe pediu um beijo, que com doçura e amor, ela o deu.

O Rei no mesmo instante começou a ficar pálido e em fulminante ataque cardíaco, morreu diante de Isabel.

A Princesa gritava, pedia ajuda e chorava com o Pai nos seus braços. A Rainha segurou a filha e juntas se abraçaram.

Com a morte do Rei, a Rainha adoeceu e quem virou a única soberana foi Isabel, mas ela tinha que aprender como manter o Reino sem a força de seu PAi, qual lutava em muitas batalhas contra homens fortes e impiedosos.

Em uma manhã com muito nevoeiro, chegava ao Reino uma carruagem toda negra e saindo de dentro um homem sombrio, qual era muito pálido.

Ele adentrou o Castelo e gritando chamou a princesa Isabel...

Os guardas não compreendiam e mal conseguiam se mover. O homem tinha um poder sobrenatural da paralização em tempo real e nisto tudo seria talvez em junção ao ocorrido com a bela princesa, algo incomum à acontecer.

Isabel veio correndo e pronta para enfrentar o homem obscuro e desafiador. Ao chegar frente à frente notou que ele tinha os olhos vermelhos e profundos, quais eram muito fixos em sua visão tão analítica.

- Então, quem és tu?!

- Sou seu mentor e agora vais seguir o que eu lhe disser sem me desafiar, pois esperei o momento exato das suas ações, para atravessar o reflexo no tempo e espaço.

- Olha! Eu não sou uma tola que acreditas em qualquer pessoa. Eu sugiro que dê meia volta e se vá!!!

- Estais à me desafiar?!

- Não... Estou ordenar!!!

- Hahaha... Oh! Ingenuidade!!! Gosto de pegar pupilos sem noção!!! Isto me dá mais TESÃO em acabar com orgulho inquieto de todos.

- Será que não fui clara?!

O homem chegou bem perto da princesa e disse bem friamente em seu ouvido:

"Agora não pode mais, pois claridade é uma tênue paralela d'entre tua escuridão e a morte de quem teus beijos ganhar"

Isabel ficou mais pálida que o normal e sentou em seu trono real... Muito atordoada e confusa, ela começou à ver como o seu pai morreu e muitas cuidadoras morriam, durante o seu crescimento.

Somente o beijo dado por amor e gratidão era a arma à disparar em mortal e sufocante fim da vida de muitas pessoas.

O homem deu mais risadas e explicou que o seu nascimento foi dado com um eclipse, cujo em um momento do tempo refletiu-se no espelho e saiu a su'alma. Ela não pertencia aquela dimensão e nem era para ter ido até o lado contrário do reflexo. Porém, com sua acidental saída do eixo temporal, somente teriam os seres desta dimensão em núcleo de tempo quântico, suportarem a beleza infinita de Isabel.

- Então, não tenho escolha?! Vou ter que te suportar?!

- Sim.

- Diga-me o seu nome?!

- No seu mundo atual não tenho, mas poderá me chamar de Mestre. É isto que vou ser para você.

- Interessante... Meu Mestre!!! Isto é novo!!! Acredito que não posso contrariar, não é?!

- Exato.

A princesa pediu aos serviçais que arrumarem aposentos no seu Castelo para o homem sombrio e qual, estaria à permanecer sem tempo certo para ir.

Na manhã seguinte ele acordou muito cedo e já de imediato mandou uma serviçal, que acordasse a princesa. Foi ríspido e com os seus olhos vermelhos fez a obediência da moça ser seguida.

Isabel levantou-se e bem irritada foi até a porta de seu quarto dizer à ele que não gostava que mandasse em seus serviçais, pois ele era uma visita que deveria saber o seu lugar. Com uma certa fúria olhou nos olhos vermelhos dele, quais sobre ela não surtia efeito algum em feitiços. Porém, dizendo com uma voz cética e com tom não tão agradável ele iniciou-se...

- Não vai desejar saber o que houve no Lago e com os peixes?! Pois, bem!!! Adormeça feito uma mulher frágil e fútil. Quando decidir treinar o seu poder, conversamos. Maaaasss... Eu não tenho paciência e uma hora ficarei furioso com a sua imaturidade.

- Eu não tenho medo de você!!! Pouco me importa a sua fúria e que seja ou não seja, paciente comigo. Também não sou imatura, pois sou uma governante séria, qual cuido e zelo pelo meu povo. Estou em meu Reino, qual tenho direito de dormir!!! Já viu a hora que veio me despertar?! São 04:00 da madrugada e ninguém à este horário fica à levantar!!!

- Eu não sou ninguém. Eu sou o alguém que sabe para qual motivo veio. Nunca esqueça que sei tudo sobre tudo e se te mandei chamar, tenho objetivos complexos e determinados em eixo central e paralelo do seu treino. Vou caminhar na floresta, se quiser me encontre diante o Lago e vá sozinha com roupa de homem e não estes vestidos que não te darão agilidade alguma. Não necessitas de guarda ou dama de companhia, pois ninguém te tocará por onde passar.

Isabel ficou perplexa que ele sabia do Lago. Ela foi buscar o Josué, um alfaiate de seu PAi, para um traje masculino produzir ou arranjar.

Josué era um alfaiate muito rápido, qual fez em 2 horas trajes masculinos para Isabel. Ela saiu com seu negro cavalo Argos e foi até o lago.

Chegando não viu o homem e resolveu caminhar diante às margens daquelas águas negras. Logo sentiu um calafrio e diante dela um reflexo se abriu em um portal, de onde o homem atravessou e veio do profundo Lago até Isabel.

ContinuAção...