O ESTRANHO HOMEM DO BAMBUZAL
Hoje me deu vontade de escrever um conto, baseado numa história verídica, mesmo! Mudei algumas coisas e outras inventei.
Era uma cidade do interior do Brasil, como tantas outras, com seus campos, bosques, florestas, serras, igrejinhas, currais, mangueiras, paineiras, sabugueiros orlando a estrada de terra, onde passavam carroças de boi, cavaleiros para vender seus produtos no centro da cidade, onde o movimento era maior de pessoas das redondezas que iam vender suas mercadorias no Largo da Feira. Ali se encontravam todos os tipos de pessoas, brancos, negros, mulatos, indios, fazendeiros, boiadeiros, peôes e um grande número de trabalhadores rurais.../ Nas noites de lua cheia, os cantadores e seresteiros tocavam modinhas da roça e canções de suas autorias, outros, jogavam a "purrinha" e faziam leilões de suas obras de arte. Tudo isso, em plena praça, isto é, no Largo da Feira. Um dia apareceu lá, um sujeito meio esfarrapado, embora com ares de grande senhor, parecia com um doutor. Ninquém o conhecia por aquelas bandas. Alguém o ouviu dizer que o seu nome era Barrabrás...
Pois esse tal de Barrabrás, procurou se insinuar junto aos comerciantes e vendedores ambulantes do Largo da Feira, para quem contava várias histórias de suas aventuras, muitas fora do Brasil. Uma delas dizia que esteve na Transilvânia, no castelo do Drácula e que vira lá um fantasma com quem conversara uma vez e que poderia ser do próprio Drácula. Contava casos de antropofagia, feitiçaria, magia negra e coisas ocultas tendo participado de alguns grupos. Fazia-se de importante, dizendo que tinha fama de Doutor em muitas cidades que percorreu. Nesses lugares todos queriam se consultar com ele, a quem, atribuíam grandes milagres..,
Um dia Barrabrás desapareceu do Largo da Feira, passou dois dias que ninguém o via por aquelas bandas. Andaram perguntando aqui e ali, uns aos outros, mas ninguém sabia do paradeiro do “doutor”. Até que um garoto contou que o vira indo na direção do bambuzal que se alastrava à beira do rio. Um dos cavaleiros que vendia seus produtos no Largo da Feira, se ofereceu para ir procurar Barrabrás. Montou seu cavalo e seguiu pela estrada até o bambuzal da beira do rio.
Lá, chegando, atou o laço do cavalo num bambu bem grosso e seguiu, à pé, por entre o bambuzal espesso. Em determinado local, ouviu uns gemidos, mas quando ia na direção dos mesmos, algo estalou atrás de si. Virou-se e deu
com um ser estranho, parecido com um macaco, peludo e de
olhar fulminante. Aterrorizado, quis fugir, mas as pernas não se moviam. Ficara paralizado de medo. Procurou controlar-se
E ouviu o monstro dizer em voz gutural e cavernosa: Brrrr
O que veio fazerrr aqui? – O cavaleiro que se chamava Joaquim, quase não conseguiu falar e balbuciou : - Estou à procura do sr. Barrabrás... Fazem dois dias que não aparece no povoado. O monstro desconfiado e ameaçador retrucou:--
Non conhecerrrr esse homem. Vá embora daqui. Nom querrro estranhos por estes lados. Este local me perrrtence,ouviu? Falava como um germânico. Joaquim seguiu em frente quando lembrou-se dos gemidos e voltou-se logo, embrenhando-se por outro lado do bambuzal. Andou cem metros e deparou horrorizado com um homem todo chamuscado pelas labaredas de uma fogueira de onde saiam fumaças negras e azuladas que estrepitavam com fúria sobre a sua vítima, cujos gemidos demonstrava que estava nos seus últimos suspiros. Aterrorizado, aproveitou a distração do monstro, em dado momento, correu riba acima e pegou o cavalo. Saiu na disparada para a cidade, onde chegou quase sem fôlego. E com voz entrecortada, com dificuldade, relatou o ocorrido para os que estavam na praça. Acreditando ou não, muitos voltaram para suas casas, para proteger as famílias.
Muitos dias se passaram sem que os moradores voltassem a se reunir no Largo da Feira, com medo do monstro.
Foi num belo dia de sol, que apareceu um homem bem vestido, ao volante de um conversível de luxo e acenou para Joaquim e os outros poucos vendedores que se arriscavam a passar próximo ao bambuzal do rio.—Não me conhecem? Sou o Dr. Barrabrás ! falou rindo, divertido. Agora sou um “doutor” mesmo, de verdade. Eis aqui o meu título! -- Todos acorreram admirados pela repentina aparição de Barrabrás.
Três dias depois da volta de Barrabrás, chegou um destacamento de polícia do Estado, procurando por ele. A polícia vasculhou toda a área. Mas foi só no bambuzal que encontraram o homem, refestelado diante de uma clareira, onde ardia um fogo estranho e onde se viam cascas de ovo, ossos, e pedaços de carne humana. Barrabrás foi imediatamente preso, como assassino e antropófago. Havia muitas medidas de captura contra ele, até da Alemanha, onde depois de assassinar o médico do hospital central, tomou posse de seus pertences e sumiu do país. – Mas ninguém até hoje soube quem seria o monstro do bambuzal, Seria Barrabrás ou outro ser estranho? Alguns chegaram a dizer que era um ET, mas ninguém tem essa certeza.
EN/VicMag
Hoje me deu vontade de escrever um conto, baseado numa história verídica, mesmo! Mudei algumas coisas e outras inventei.
Era uma cidade do interior do Brasil, como tantas outras, com seus campos, bosques, florestas, serras, igrejinhas, currais, mangueiras, paineiras, sabugueiros orlando a estrada de terra, onde passavam carroças de boi, cavaleiros para vender seus produtos no centro da cidade, onde o movimento era maior de pessoas das redondezas que iam vender suas mercadorias no Largo da Feira. Ali se encontravam todos os tipos de pessoas, brancos, negros, mulatos, indios, fazendeiros, boiadeiros, peôes e um grande número de trabalhadores rurais.../ Nas noites de lua cheia, os cantadores e seresteiros tocavam modinhas da roça e canções de suas autorias, outros, jogavam a "purrinha" e faziam leilões de suas obras de arte. Tudo isso, em plena praça, isto é, no Largo da Feira. Um dia apareceu lá, um sujeito meio esfarrapado, embora com ares de grande senhor, parecia com um doutor. Ninquém o conhecia por aquelas bandas. Alguém o ouviu dizer que o seu nome era Barrabrás...
Pois esse tal de Barrabrás, procurou se insinuar junto aos comerciantes e vendedores ambulantes do Largo da Feira, para quem contava várias histórias de suas aventuras, muitas fora do Brasil. Uma delas dizia que esteve na Transilvânia, no castelo do Drácula e que vira lá um fantasma com quem conversara uma vez e que poderia ser do próprio Drácula. Contava casos de antropofagia, feitiçaria, magia negra e coisas ocultas tendo participado de alguns grupos. Fazia-se de importante, dizendo que tinha fama de Doutor em muitas cidades que percorreu. Nesses lugares todos queriam se consultar com ele, a quem, atribuíam grandes milagres..,
Um dia Barrabrás desapareceu do Largo da Feira, passou dois dias que ninguém o via por aquelas bandas. Andaram perguntando aqui e ali, uns aos outros, mas ninguém sabia do paradeiro do “doutor”. Até que um garoto contou que o vira indo na direção do bambuzal que se alastrava à beira do rio. Um dos cavaleiros que vendia seus produtos no Largo da Feira, se ofereceu para ir procurar Barrabrás. Montou seu cavalo e seguiu pela estrada até o bambuzal da beira do rio.
Lá, chegando, atou o laço do cavalo num bambu bem grosso e seguiu, à pé, por entre o bambuzal espesso. Em determinado local, ouviu uns gemidos, mas quando ia na direção dos mesmos, algo estalou atrás de si. Virou-se e deu
com um ser estranho, parecido com um macaco, peludo e de
olhar fulminante. Aterrorizado, quis fugir, mas as pernas não se moviam. Ficara paralizado de medo. Procurou controlar-se
E ouviu o monstro dizer em voz gutural e cavernosa: Brrrr
O que veio fazerrr aqui? – O cavaleiro que se chamava Joaquim, quase não conseguiu falar e balbuciou : - Estou à procura do sr. Barrabrás... Fazem dois dias que não aparece no povoado. O monstro desconfiado e ameaçador retrucou:--
Non conhecerrrr esse homem. Vá embora daqui. Nom querrro estranhos por estes lados. Este local me perrrtence,ouviu? Falava como um germânico. Joaquim seguiu em frente quando lembrou-se dos gemidos e voltou-se logo, embrenhando-se por outro lado do bambuzal. Andou cem metros e deparou horrorizado com um homem todo chamuscado pelas labaredas de uma fogueira de onde saiam fumaças negras e azuladas que estrepitavam com fúria sobre a sua vítima, cujos gemidos demonstrava que estava nos seus últimos suspiros. Aterrorizado, aproveitou a distração do monstro, em dado momento, correu riba acima e pegou o cavalo. Saiu na disparada para a cidade, onde chegou quase sem fôlego. E com voz entrecortada, com dificuldade, relatou o ocorrido para os que estavam na praça. Acreditando ou não, muitos voltaram para suas casas, para proteger as famílias.
Muitos dias se passaram sem que os moradores voltassem a se reunir no Largo da Feira, com medo do monstro.
Foi num belo dia de sol, que apareceu um homem bem vestido, ao volante de um conversível de luxo e acenou para Joaquim e os outros poucos vendedores que se arriscavam a passar próximo ao bambuzal do rio.—Não me conhecem? Sou o Dr. Barrabrás ! falou rindo, divertido. Agora sou um “doutor” mesmo, de verdade. Eis aqui o meu título! -- Todos acorreram admirados pela repentina aparição de Barrabrás.
Três dias depois da volta de Barrabrás, chegou um destacamento de polícia do Estado, procurando por ele. A polícia vasculhou toda a área. Mas foi só no bambuzal que encontraram o homem, refestelado diante de uma clareira, onde ardia um fogo estranho e onde se viam cascas de ovo, ossos, e pedaços de carne humana. Barrabrás foi imediatamente preso, como assassino e antropófago. Havia muitas medidas de captura contra ele, até da Alemanha, onde depois de assassinar o médico do hospital central, tomou posse de seus pertences e sumiu do país. – Mas ninguém até hoje soube quem seria o monstro do bambuzal, Seria Barrabrás ou outro ser estranho? Alguns chegaram a dizer que era um ET, mas ninguém tem essa certeza.
EN/VicMag