ESTRANHO
— Aonde está indo Dani?
— Preciso fazer pipi.
— Tem certeza que vai sozinha.
— Porque? — Perguntou Daniele de forma ignorante.
Michele deu de ombros e respondeu.
— Não, pode ir, mais logo vai anoitecer, então vê se não faz besteira.
Daniele mostrou o melhor de seus sorrisos falsos e caminhou na direção da floresta.
— Não sabe quando parar cara. — Falou Lucas.
— Não sabe quando parar cara. — Respondeu Alex imitando-o com uma voz fina.
— Quer saber, é pior que um merda.
— Disse o que caralho.
— Vem para cima.
— Chega garotos. Não vê que precisamos de um plano para sair daqui.
— Para que um plano? Temos uma lancha. — Falou Lucas.
— É espertão, e como vamos tira-la daquele monte de água sem combustível.
Lucas ficou mudo.
— Cabeção.
— Alex porque não põe esses músculos para trabalhar e tenta juntar alguns galhos secos, tem vários na praia.
— Vai fazer o que?
— O que pensa. Logo vai anoitecer e não quero passar a noite nessa ilha.
— E daí um avião vai passar e vai ver.
— Tem uma ideia melhor Lucas? E não precisa ser um avião, qualquer um que estiver na ilha vai nos localizar com o fogo.
Lucas permaneceu mudo de novo, mordendo os lábios.
— Porque não usamos os corvos.
— Para que?
— Para o fogo. Os galhos mal vão fazer fumaça. Se colocarmos os corvos vai fazer fumaça com certeza.
— Eu não toco nisso. Não vê que está podre cara.
— O machão agora está com nojo.
— Estou cagando para os pombos, só quero sair da ilha.
— Então me ajude a cata-los.
Enquanto mediam quem tinha o pau maior, Daniele havia se perdido na floresta, tinha certeza que se afastara menos de seis metros da praia, mas após andar dez minutos de volta sabia que estava perdida.
— Droga, eu vim por aqui. Cadê a praia.
Dani coçava-se muito, a ponto de sua pele ficar dolorida, seus cremes antialérgicos tinham ficado na lancha, e mesmo não vendo uma mosca sequer, sentia pequenas picadas na pele, que faziam seus pequenos fios ruivos se arrepiarem pela pele avermelhada.
— Droga, droga... — Gritou Daniele coçando-se toda.
Um som forte explodiu no ar. — Tum-Tum. Tum-Tum. Tum-Tum.
— Tambores? — Questionou-se.
Ela seguiu as batidas simultâneas até uma caverna. E percebeu rápido que quanto mais perto estava mais forte eram as batidas, até se tornarem altas o suficiente para serem insuportáveis. Não precisava ser inteligente para saber que era uma armadilha, ainda assim Dani se sentia hipnotizada pelo som, e só conseguiu voltar a si quando já estava dentro da boca da caverna.
Uma serie de tochas enfeitavam a entrada, seguindo um caminho até o interior da gruta. As paredes húmidas tinham um cheiro e aspecto peculiar, como amônia, e entre as várias fendas grotescas que haviam nas rochas escorria um liquido acinzentado-escuro e gelatinoso.
— Venha filha do barro. Venha conhecer Azazelü... — Disse uma voz senil esgueirando-se sinuosamente em seus pensamentos.
Cercado de tochas e tambores, havia um homem sentado num banco de madeira, um negro careca e de barba branca. Daniele estava de shorts e sutiã, seus cabelos úmidos bagunçados esvoaçavam com a brisa que entrava na caverna.
— Ei senhor. Pode me ajudar...
O homem parou de bater nos tambores abruptamente e abriu os olhos, dentro das orbitas enxergava-se apenas buracos escuros.
— Não devia ter vindo garota. Eles... eles... — Falou sem conseguir completar.
— Eles o que?
— A mãe sabe que chegaram... não adianta mais fugir, ela não vai deixar que saiam.
— Como assim, quem não vai deixar eu sair do que?
— Ela houve filha do barro, houve todos... e agora que sabe, ela pede sacrifício... — Respondeu o homem se levantando.
— Espere, para onde está indo? — Chamou Daniele.
Certa que poderia ajuda-la ela tentou o seguir, entrando cada vez mais profundamente na caverna. Alguém se aproximou, podia ouvir passos esporádicos por todos os lados, mas estava escuro, então o máximo que conseguia enxergar era a pouca luz que as tochas no início da caverna ainda conseguiam produzir na sua direção. Uma luz vermelho-violeta ascendeu a poucos metros dela, e seus olhos relutaram.
— Ainda está ai... — Chamou assustada.
Quando seus olhos finalmente se acostumaram a luz da chama que a tocha a sua frente produzia, Dani percebeu que haviam dezenas de pessoas na caverna, escondidas na penumbra, todos vestiam roupas feitas de folhas, e usavam uma máscara feita de crânio de animal. Ela tentou correr, mas um deles enfiou uma lança no seu braço, fazendo-a cair.
Outros quatro homens a dominaram, arrancando suas roupas, e a levaram até uma fogueira onde a seguraram sobre o fogo até que assasse viva, em seguida quando estava quase morta, abriram seu estomago ao meio e começaram a comer.
— Preciso fazer pipi.
— Tem certeza que vai sozinha.
— Porque? — Perguntou Daniele de forma ignorante.
Michele deu de ombros e respondeu.
— Não, pode ir, mais logo vai anoitecer, então vê se não faz besteira.
Daniele mostrou o melhor de seus sorrisos falsos e caminhou na direção da floresta.
— Não sabe quando parar cara. — Falou Lucas.
— Não sabe quando parar cara. — Respondeu Alex imitando-o com uma voz fina.
— Quer saber, é pior que um merda.
— Disse o que caralho.
— Vem para cima.
— Chega garotos. Não vê que precisamos de um plano para sair daqui.
— Para que um plano? Temos uma lancha. — Falou Lucas.
— É espertão, e como vamos tira-la daquele monte de água sem combustível.
Lucas ficou mudo.
— Cabeção.
— Alex porque não põe esses músculos para trabalhar e tenta juntar alguns galhos secos, tem vários na praia.
— Vai fazer o que?
— O que pensa. Logo vai anoitecer e não quero passar a noite nessa ilha.
— E daí um avião vai passar e vai ver.
— Tem uma ideia melhor Lucas? E não precisa ser um avião, qualquer um que estiver na ilha vai nos localizar com o fogo.
Lucas permaneceu mudo de novo, mordendo os lábios.
— Porque não usamos os corvos.
— Para que?
— Para o fogo. Os galhos mal vão fazer fumaça. Se colocarmos os corvos vai fazer fumaça com certeza.
— Eu não toco nisso. Não vê que está podre cara.
— O machão agora está com nojo.
— Estou cagando para os pombos, só quero sair da ilha.
— Então me ajude a cata-los.
Enquanto mediam quem tinha o pau maior, Daniele havia se perdido na floresta, tinha certeza que se afastara menos de seis metros da praia, mas após andar dez minutos de volta sabia que estava perdida.
— Droga, eu vim por aqui. Cadê a praia.
Dani coçava-se muito, a ponto de sua pele ficar dolorida, seus cremes antialérgicos tinham ficado na lancha, e mesmo não vendo uma mosca sequer, sentia pequenas picadas na pele, que faziam seus pequenos fios ruivos se arrepiarem pela pele avermelhada.
— Droga, droga... — Gritou Daniele coçando-se toda.
Um som forte explodiu no ar. — Tum-Tum. Tum-Tum. Tum-Tum.
— Tambores? — Questionou-se.
Ela seguiu as batidas simultâneas até uma caverna. E percebeu rápido que quanto mais perto estava mais forte eram as batidas, até se tornarem altas o suficiente para serem insuportáveis. Não precisava ser inteligente para saber que era uma armadilha, ainda assim Dani se sentia hipnotizada pelo som, e só conseguiu voltar a si quando já estava dentro da boca da caverna.
Uma serie de tochas enfeitavam a entrada, seguindo um caminho até o interior da gruta. As paredes húmidas tinham um cheiro e aspecto peculiar, como amônia, e entre as várias fendas grotescas que haviam nas rochas escorria um liquido acinzentado-escuro e gelatinoso.
— Venha filha do barro. Venha conhecer Azazelü... — Disse uma voz senil esgueirando-se sinuosamente em seus pensamentos.
Cercado de tochas e tambores, havia um homem sentado num banco de madeira, um negro careca e de barba branca. Daniele estava de shorts e sutiã, seus cabelos úmidos bagunçados esvoaçavam com a brisa que entrava na caverna.
— Ei senhor. Pode me ajudar...
O homem parou de bater nos tambores abruptamente e abriu os olhos, dentro das orbitas enxergava-se apenas buracos escuros.
— Não devia ter vindo garota. Eles... eles... — Falou sem conseguir completar.
— Eles o que?
— A mãe sabe que chegaram... não adianta mais fugir, ela não vai deixar que saiam.
— Como assim, quem não vai deixar eu sair do que?
— Ela houve filha do barro, houve todos... e agora que sabe, ela pede sacrifício... — Respondeu o homem se levantando.
— Espere, para onde está indo? — Chamou Daniele.
Certa que poderia ajuda-la ela tentou o seguir, entrando cada vez mais profundamente na caverna. Alguém se aproximou, podia ouvir passos esporádicos por todos os lados, mas estava escuro, então o máximo que conseguia enxergar era a pouca luz que as tochas no início da caverna ainda conseguiam produzir na sua direção. Uma luz vermelho-violeta ascendeu a poucos metros dela, e seus olhos relutaram.
— Ainda está ai... — Chamou assustada.
Quando seus olhos finalmente se acostumaram a luz da chama que a tocha a sua frente produzia, Dani percebeu que haviam dezenas de pessoas na caverna, escondidas na penumbra, todos vestiam roupas feitas de folhas, e usavam uma máscara feita de crânio de animal. Ela tentou correr, mas um deles enfiou uma lança no seu braço, fazendo-a cair.
Outros quatro homens a dominaram, arrancando suas roupas, e a levaram até uma fogueira onde a seguraram sobre o fogo até que assasse viva, em seguida quando estava quase morta, abriram seu estomago ao meio e começaram a comer.
Continua...