Imaginei um enredo para um conto policial que queria escrever. Nele um sujeito muito importante mata alguém sem querer. Com medo de ser preso e condenado esconde o cadáver. Mas seu crime é descoberto por alguém que começa a chantageá-lo. Em princípio ele paga, mas depois a chantagem começa a ficar cada vez mais cara e ele resolve matar o chantagista. Mata, mas o seu crime é descoberto por dois investigadores que também resolvem chantageá-lo. Logo a cumplicidade dos policiais se torna tão cara que ele chega à conclusão que encomendar a morte dos policiais fica mais barato. É o que ele faz. Mas os bandidos que ele contratou para matar os policiais também começam a fazer chantagem com ele. A coisa vai se avolumando até que o ricaço conclui que teria sido bem mais barato e menos doloroso se tivesse enfrentado a justiça no primeiro crime. Mas não dá mais para voltar atrás e ele continua cometendo crime atrás de crime, com a intenção de esconder os anteriores. Até que chega á conclusão que a única morte que pode quebrar essa corrente macabra é a dele.
Comecei a escrever o conto e á medida que ia desenvolvendo a trama, notei que ao invés de escrever um conto policial ele estava se transformando mesmo é numa história de terror, na qual um sujeito, em principio ingênuo e sem maldade, acaba se transformando em um serial killer sem o menor escrúpulo só pelo medo de ser honesto e enfrentar as consequências de um erro cometido.
Logo me dei conta que, descontadas as diferenças de roteiro e de forma de atuação, eu estava, na verdade, contando a história de alguns dos nossos políticos. Pois é o que eles têm feito desde o começo de suas carreiras. Tomam dinheiro de empreiteiros, bicheiros, traficantes e outros “empresários” para financiar suas eleições, às vezes até com propósitos honestos e bem intencionados. Mas, como em todo conluio com criminosos, à medida que a coisa se desenrola eles acabam se tornando criminosos também. Um delito puxa outro. E assim, o mar de lama vai aumentando até o desastre final, geralmente causado por um crime menor. Tudo isso dà á sinopse um clima bem sinistro. Só que aqui é uma história real. Senão vejamos. Já tivemos o Mensalão, o Petrolão, o escândalo dos portos, da CARF, do BNDS, do Rodo Anel, do Metrô, da Caixa Econômica, dos estádios da Copa... Quanta gente já não entrou nesse enredo diabólico até agora?
Vem aí as eleições e a oportunidade de trocarmos os protagonistas dessa sinopse satânica. Claro que não há nenhuma garantia de que novos atores atuem de modo diferente. Até porque em chiqueiro de porco quem não aprende a chafurdar morre de fome. Mas como sugeria Stanislaw Ponte Preta, se não der para restaurar a moralidade, podemos, pelo menos, trocar de ladrões. Dói ver que são sempre os mesmos.
Comecei a escrever o conto e á medida que ia desenvolvendo a trama, notei que ao invés de escrever um conto policial ele estava se transformando mesmo é numa história de terror, na qual um sujeito, em principio ingênuo e sem maldade, acaba se transformando em um serial killer sem o menor escrúpulo só pelo medo de ser honesto e enfrentar as consequências de um erro cometido.
Logo me dei conta que, descontadas as diferenças de roteiro e de forma de atuação, eu estava, na verdade, contando a história de alguns dos nossos políticos. Pois é o que eles têm feito desde o começo de suas carreiras. Tomam dinheiro de empreiteiros, bicheiros, traficantes e outros “empresários” para financiar suas eleições, às vezes até com propósitos honestos e bem intencionados. Mas, como em todo conluio com criminosos, à medida que a coisa se desenrola eles acabam se tornando criminosos também. Um delito puxa outro. E assim, o mar de lama vai aumentando até o desastre final, geralmente causado por um crime menor. Tudo isso dà á sinopse um clima bem sinistro. Só que aqui é uma história real. Senão vejamos. Já tivemos o Mensalão, o Petrolão, o escândalo dos portos, da CARF, do BNDS, do Rodo Anel, do Metrô, da Caixa Econômica, dos estádios da Copa... Quanta gente já não entrou nesse enredo diabólico até agora?
Vem aí as eleições e a oportunidade de trocarmos os protagonistas dessa sinopse satânica. Claro que não há nenhuma garantia de que novos atores atuem de modo diferente. Até porque em chiqueiro de porco quem não aprende a chafurdar morre de fome. Mas como sugeria Stanislaw Ponte Preta, se não der para restaurar a moralidade, podemos, pelo menos, trocar de ladrões. Dói ver que são sempre os mesmos.